terça-feira, 31 de março de 2009

A América, o outono e a Península Ibérica


Eu não sei qual a razão das pessoas insistirem em chamar os Estados Unidos da Amérida do Norte de, apenas, América.


Pelo que eu aprendi nas aulas de Estudos Sociais, lá pela segunda metade dos anos 1990, com as professorinhas primárias velhinhas, América se constitiu por todo o continente americano, englobando a América do Norte, a América Central e a América do Sul. Ou seja, um brasileiro é tanto americano quanto um mexicano quanto um canadense quanto mais países do continente você quiser.


Outra coisa: chamar as pessoas que nasceram nos Estados Unidos de "norte-americanas". Pelo que eu aprendi nas aulas de Estudos Sociais, lá pela segunda metade dos anos 1990, com as professorinhas primárias velhinhas, América do Norte integra o Canadá, os Estados Unidos e o México. Sendo que o Alasca, comprado pelos EUA da Rússia e o Hawai, fazem também parte do território oficial estadunidense.


A gente nem pode culpar tanto a população. Na escola podem até ter mencionado estes fatos, mas a maioria dos professores dirige-se aos EUA e sua população como americanos ou norte-americanos. E, por sua vez, os professores devem falar por estes termos por causa da imprensa, que também os alcunha. E, por sua outra vez, a imprensa teve seus próprios professores.


Portanto, a culpa é de todos. Vamos fundar o movimento: "Eu também sou americano". Eles lá de cima não detém a patente do termo. Assim como deveríamos também fundar o "Eles também são norte-americanos".


Enfim... No fim das contas, é até complicado. "Estadunidense" é meio complicado mesmo.


***


O Artur Xexéo mostrou, em suas colunas do mês que está acabando, no jornal "O Globo", sua paixão pela estação do ano em que vivemos. Até que concordo com ele. É bom não ficar sofrendo naquele inferno na terra, com milhares de banhos e suores ininterrúpitos. Agora estamos vivendo um dia com clima quente, mas não tanto, e tardes com noites com uma chuvinha aqui, outra ali, e um tempinho de friozinho legal.


Eu nunca vi o filme "Outono em Nova York", por achar que deveria ser extremamente piegas. Mas até que agora eu posso parar para dar uma espiadinha. O tempo está inspirando-me.


***


Eu não viajo com minha família desde 2002. A última viagem que fizemos foi para Portugal e Espanha, sendo a saída do Rio no dia 29 de dezembro de 2001 e a volta para a cidade em 20 de janeiro de 2002. Tenho algumas boas lembranças da viagem, mas depois disso o máximo que eu e minha família, juntos, fizemos, foi dar uma passeada e ficarmos infurnados, praticamente, na casa de uma prima de minha avó em Cabo Frio ou algum réveillon ou outro na casa do pai da mulher do meu tio em Teresópolis.


Sem meus parentes fiz algumas viagens regulares para Aparecida do Norte, em SP (sim, religiosa; eram de apenas um dia e todos os anos por questões de promessa). Outras vezes fui com minha avó paterna para Angra dos Reis, onde alguns outros parentes moram. Mas quando íamos para Angra, nunca demos uns passeios pelas ilhas. No máximo, fomos uma vez para a Praia das Gordas. A última aventura que tive foi um carnaval com amigos em Iguabinha, com incursões em Iguaba Grande e Cabo Frio.


Estou começando a sentir inveja do Orkut dos outros, onde vemos grandes mochilões pela Europa e América.


***


Na Europa vivenciei a entrada em vigor do Euro em Portugal. Meu réveillon de 2001 para 2002 foi passado na cidade do Porto e lá recebemos um pacotinho com amêndoas ou o que o valha e uma moeda de um ero. Mas tudo isso por um precinho em Escudos.


Lá vi pela primeira vez um Big Brother. E foi bem uma final. Eles lá o fazem no fim do ano, diferente de aqui, que é no começo, como devemos estar percebendo. (Aliás, vocês concordam comigo que a Ana Carolina é muito chata, né? Apesar de tudo, aparentemente ela deve ganhar)


Em Póvoa de Varzim, cidade natal de Eça de Queiróz, no norte de Portugal, onde meus tios viviam, acabei de ler o quarto livro da coleção de J.K. Rolling, "Harry Potter". Era "Harry Potter e o cálice de fogo". Meu Deus, como era frio ler aquele livro do lado de fora do apartamento.


Mesmo tento toda a minha família por parte de pai na Espanha, mais especificamente Galícia, passamos lá apenas 6 dias. De 8 de janeiro até 13 de janeiro de 2002.


Ai Ai... Bons tempos aqueles.

4 comentários:

Marco Henrique Strauss disse...

Bem bom, parabéns! Há, a questão de como denominamos os "estadunidenses" é realmente verdade, coisa para se refletir. Afinal somos nós também AMERICANOS.
Bom o post, se quiser passar no meu fica a vontade. Abraço

A Libélula disse...

Também me questiono sobre a América dos americanos.
E o filme Outono em Nova Iorque é bontinho, não é um mega roteiro, ao contrário, mas... vale uns baldes de lágrimas.

Ponte Acústica disse...

Somos todos americanos! haha
Prefiro minha SulAmerica aqui ;)

Tom Coyot disse...

Aquele país sem nome é responsável pela sociedade que vivemos hoje.
Eles tem a culpa e o mérito por tudo que falamos, comemos, vestimos e vemos...

Right?