terça-feira, 10 de março de 2009

Grajaú City

O Grajaú é um bairro que completa 95 anos de idade em 2009. Mais conhecido por aí como a "Urca da Zona Norte", Grajaú City é a menina dos olhos de quem mora por aqui. A minha, principalmente.

Nasci no Hospital Italiano, ali na Rua Professor Valadares. Fui criado até os 6 anos de idade em uma vila na Rua Itabaiana e depois mudei-me para a esquina da Avenida Evenida Engenheiro Richard com a Rua Canavieiras. Essa última é bem movimentada por carros e ônibus (agora com a companhia igualmente irritante de uma kombi que substitui o 422 - Grajaú . Cosme Velho - aos desavisados) e para os desacostumados, bem irritante. Mas para quem já mora aqui há 13 anos, nada demais.

Ninguém sabe muito bem onde começa, nem onde acaba o bairro. É tudo meio Grajaú, meio Andaraí, meio Vila Isabel. A Tijuca nem é tão infiltrada assim em nossos arredores, pois sabe-se bem definidamente onde ela fica.

Já no que diz repeito à diversão e noite, não temos muito a oferecer. Os dois clubes aqui situados (praticamente ou totalmente falidos), Grajaú Country Club e Grajaú Tênis Clube davam umas festas mais para jovens até 15, 16 anos, com aquelas matinês regadas a Coca-Cola e muito funk. Pouco chato, não? O máximo que já aconteceu por aqui foram as apresentações da banda que relembra sucessos musicais passados, Celebrare, que já tocou também no América, na Tijuca, perto do Instituto de Educação e do metrô da Afonso Pena, assim como o Roupa Nova (os integrantes da banda já moraram aqui e a Jandira, irmã de um dos componentes da banda e atual secretária ou sei lá o quê de Cultura do município do Rio, foi veterana de meu tio na Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Rio de Janeiro), pouco antes do Celebrare, fez os grajauenses rebolarem.

Teatro nós temos. O que já é grande coisa tratando-se de Zona Norte, visto que tudo concentra-se no eixo Barra-Zona Sul. É o Teatro do Country Club. Já foi alguma coisa até o começo dos anos 1990. Depois, entrou em decadência latente. Supostamente revitalizou-se atualmente, nos fins dos anos 2000. Rebatizado como Teatro Dercy Gonçalves, com a presença da mesma no dia de sua "inauguração", deu uma pequena fervida em tão caseiro sítio carioca.

O Grajaú até ganhou uma Casa de Cultura ou o que o valha na Rua Carauaru, mas ela não é notícia, nunca escutei ninguém falando que foi nela, nem nunca soube de nenhuma exposição.

O Jornal do bairro passou a existir ano passado, mais ou menos. Chama-se "Grajornal" e já é alguma coisa para registrar a alma, será?, dos moradores do bairro. Até temos uma "redação" situada aqui. É a do jornal "O Povo" e fica na boca da Grajaú-Jacarepaguá. Mas ele fala é de morto, não de nada mais além disso. E pensando-se bem, esse tal de "Grajornal" tem uma cara de coluna social nos moldes de Hildegard Angel + Amaury Junior, que sangue de Jesus tem poder.

Enfim, e por fim, a Reserva Florestal do Grajaú está aí para ser admirada e contemplada pelos moradores e defensores da preservação das florestas brasileiras. O bairro é excelente por possuir muitas árvores e um clima fresco. Apesar de tudo, a Reserva está tendo muito mais utilidade para os maconheiros de plantão, do que outra coisa.

Os botecos estão se aglomerando. O último que foi aberto foi um na Rua Canavieiras, esquina com Rua Grajaú. Mereceu até uma coluna na "Rio Show", de "O Globo", assim como o "Enchendo Linguiça".

Você espera alguma agitação no bairro após às 23h00min? Pode esquecer. Domingo, então? Ih... Mínima agitação apenas sextas e sábados e bem reservada aos botecos, em sua maioria concentrados ao redor da Praça Edmundo Rêgo.

Concluindo, eu gosto de morar aqui e daqui ninguém me tira. Um bairro que cheira a amizade, a família, a passeio com os cachorros, à corrida dos esportistas. Sendo para falar mal do bairro, apenas grajauenses o podem. Agora, para se falar bem... o mundo é o limite.

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