terça-feira, 30 de dezembro de 2008

O nome

O nome do livro é "Só"

domingo, 30 de novembro de 2008

O livro

Estou escrevendo um livro.
Creio que é de contos.
Quando parar de fazer provas, dia 14 de dezembro de 2008, poderei me dedicar com maior exclusividade a ele.

I conto) A vida da morte
II conto) O analista
III conto ) Sentimento póstumo
IV conto) Os fracassados
V conto ) A ceia de Natal
VI conto) Deus e o esquizofrênico
VII conto) O oprimido
...

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

domingo, 16 de novembro de 2008

O sebo, a academia e a festa




* Outro dia estava passeando pelo bairro carioca do Catete (escrevo a palavra "bairro", pois eu nunca vou saber quem estará lendo meu singelo blog, não é?) Não era bem um sebo, em razão de não estar situado em um local de quatro paredes, fechado, digamos assim. Era bem em uma calçada em frente a uma Igreja muito da bonita, em frente a um Apart Hotel muito do charmoso. Encontrei por lá uma edição de "Grande sertão: veredas", de João Guimarães Rosa, por singelos R$20,00. Por uma livraria normal, aquela Saraiva, Siciliano, que você tanto conhece pelos shoppings, compraria o mesmo conjunto de folhas preenchidas por letras por uns 56 contos.

Eu, se fosse o leitor do texto, e não o autor do mesmo, acharia que o locutor teria comprado o livro. Mas, apesar do preço barato, não o comprei. Isso, em conseqüência de não me lembro mais o quê. Acho que eu queria comer alguma coisa, ao invés de gastar dinheiro em um empreendimento tão a longo prazo, ao contrário do que é, de fato, uma alimentação. Gastei no McDonald's do Largo do Machado uns quinze reais. No fim, senti-me gordo.

Conclui que se eu tivesse comprada o livro, gastaria apenas cinco reais a mais e ainda por cima aumentaria meu intelecto e não me sentiria com peso extra. Livros aumentam minha massa encefálica e não meu peso abdominal.

Arrependo-me do que fiz.

* Falando de gordura, estou fazendo academia há um mês. Para ser mais exato, desde 17 de Outubro de 2008. Até o momento, só senti certos resultados nos meus braços, pernas em geral e um pouco no peito. O mais importante, que seria a barriga, não vi muita diferença. Acho que é porque não estou deixando de comer tanto como eu comia antes. Enfim...

Até queria passar a andar de bicicleta com mais regularidade, indo até o curso ou até mesmo, no futuro bem próximo, para a auto-escola. Mas, por uma coisa de duas semanas ou um pouco mais, meu irmão foi atropelado por um carro quando vinha de bicicleta pela rua que fazia esquina com a rua em que moramos. Ele não sofreu ferimentos muito graves, mas sofreu. Não senti muito medo em sair de casa com o veículo por causa disso, mas acho que meu subconsciente manifestou um apego maior pelo meu recentimento e me fez renegar o interesse pela vida mais saudável.

* Primeira vez na ULC (Ultra Love Cats), no Clube Israelita, na Rua Barata Ribeiro, em Copacabana. Gostei. Bastante. Hi-hi.

sábado, 8 de novembro de 2008

A razão de existir


A vida da gente e de toda a gente passa por mudanças. Há algumas mais sutis que outras, mas mesmo assim não deixam de ser mudanças.
O ano vigente foi bem mutável para a minha pessoa. Entrei na natação e saí dela. Entrei na PUC e saí dela. Entrei na Uerj e saí dela. Entrei no Cervantes e saí dele. Entrei em relacionamentos e saí deles.
A única coisa que quero, no momento, é encontrar uma razão de ser, de viver, de existir.
Amanhã será o dia em que a primeira etapa, pela segunda vez, será iniciada para encontrar, pelo menos, um pedacinho desse motivo para o acalento da alma.
Apesar de tudo, se nada der certo, eu ainda possuo um All-Star e uma boa amizade para chorar e rir as mágoas em um belo jardim.
Que a Praia Vermelha esteja de braços abertos para mim. Se não for para a UFRJ, que seja pelo menos para o Pinel.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

A minha vida vazia olha o seu redor

E nota que as situações são complexas e convexas



Me vejo diante de mim mesmo e não enxergo ninguém



A casa está vazia e nem tenho outrém

sábado, 26 de julho de 2008

Carrie and the Marihuana

No episódio que vi hoje de “Sex and the city”, Carrie Bradshaw fuma maconha. Pelo que deu para perceber, ele (o episódio) já era um pouco antigo. Isso por causa do celular utilizado por Samantha Jones em um restaurante que estava com Carrie e Miranda Hobbes. Aquele tipo de aparelho, eu deveria usar – ou melhor, minha mãe deveria usar e eu sempre pegava emprestado para ir ao shopping com meus amigos e ela poder manter algum contato comigo – lá pelos anos de 2003 ou 2004, no máximo. E atentem para o seguinte fato: como tudo nos Estados Unidos da América do Norte aparece e se torna comum antes que aqui, no Brasil, conclui-se que deve ser um programa dos anos 2000.

Mas retornando ao fato principal que iniciou o parágrafo anterior: a maconha, a droga, o cigarrinho do demônio, a marihuana e sei lá mais quantas denominações pode se dar para isso ou aquilo outro, que todos nós sabemos que existe e que, agora, nos tempos atuais, temos medo de falar para não sermos repreendidos pela polícia ou coisa que o valha. Apesar de assumir que atualmente as pessoas têm receio e puritanismo quanto ao assunto, eu mesmo nunca cheguei e pretendo – repito, pretendo, pois o futuro apenas a Deus pertence – fumar ou cheirar alguma substância ilícita. Sendo assim, surpreendeu-me ver Carrie se utilizando da ervinha com um cara com quem ela estava saindo. Mesmo vendo que ela sempre foi viciada em cigarros, chegar à droga foi algo que me surpreendeu. Tudo bem, sabemos que esse papo de poder cigarro e não poder maconha e cocaína e afins já está batido e sabemos que tudo isso é apenas uma determinação imposta pela sociedade em que vivemos. Aceitamos – estamos deixando de – o cigarro, apenas porque o mundo ocidental nos acostumou a aceitar que era algo aceitável. Compreendem, caros leitores?

Mas outras duas coisas me deixaram meio perplexo. Eu consegui ver hoje um episódio inédito de “Sex and the city”, o que é raro, é muito raro mesmo de acontecer. E depois, Samantha Jones não participou em nada do episódio, praticamente. A única coisa que ela fez foi dizer que o carinha com quem Carrie saiu uma vez não servia para ela porque ele ainda morava com a família e ofereceu o dito cujo do celular – ainda com anteninhas, meu Jesus Amado! – para a amiga para romper a relação com o moço. Ela faz uma piadinha e acabou-se o que era doce. Nada mais de Samantha no resto do Sexo e a cidade. A gente ficou muito mal acostumado vendo as participações grandiloqüentes de tão amada e fogosa mulher. (6)

Ah, e acabo de recordar (ou será ver no Google?), o nome do episódio de hoje (meu Deus, quantas vezes eu já escrevi a palavra “episódio”?) era “Recordar é viver”. Hum... Então, podemos interpretar que Carrie Bradshaw na sua juventude transviada já deu uma fumadinha de maconha e que aquilo não era tão novo assim para ela. =P

sexta-feira, 25 de julho de 2008

A cantoria do Pub, a festa na casa, a boneca da idolatrada e a irritação da madrugada

Aqui perto de casa, mais especificamente na frente dela, à direita, tem uma casa com dois cachorros bem grandes. Quando era criança e passava na frente dela, caminhando para o clube, eles sempre me assustavam. Nunca vi cachorros latirem tão alto e tão amedrontadoramente. Mas, agora, alguns anos depois, o problema é outro. Toda noite, ou melhor, madrugada, um dos cachorros começa a berrar. E sempre é no mesmo horário.

Três horas da manhã não é uma boa hora para se começar a latir e uma péssima hora para não se conseguir dormir.

***
Ontem, dia 24, foi a comemoração do aniversário do meu amigo de longa data R. em um pub de Botafogo. Big Ben Pub -http://www.bigbenpub.com.br/ -, na Rua Muniz Barreto, número 374. Lá, às quintas-feiras, tem karaokê. Eu cantei, juntamente com uma caloura da faculdade desse meu amigo aniversariante R., a música dos Beatles "Help!". Um dos dois microfones, para variar, estava quebrado. Então, cantamos em um só. Além de praticamente estar beijando P., a impressão que se tinha - pelo menos a que eu tinha -, era a de que ninguém conseguia me ouvir, que o som da minha voz não era expelido, que eu não estava conseguindo ler a letra da música no papel... que eu estava pagando um belo de um mico leão dourado.

Lá é um lugar simpático, agradável. Barato, até. Apenas R$10,00. Como agora os 10% não são obrigatórios, se você só consumir uma Coca-Cola de praticamente R$3,00 e cantar à pampa no Karaokê... até que a noite vale muito à pena.

O meu amigo aniversariante chamou muita gente. Mas apenas 8 pessoas foram. Cremos que a causa disso foi a morte de um veterano da Faculdade de Letras da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) afogado em uma praia do Nordeste. Toda a faculdade deve ter ficado de luto. Até os que não o conheciam. Ficaram apenas por solidariedade aos amigos do rapaz de verdade. Resumindo a história, apenas uma menina, que nem era ainda da universidade, pois só entrará agora no segundo semestre, foi. Dos amigos de R. de longa data, foram seis. G., C., N., N., A. e F. L. Sei a razão de alguns outros amigos não terem ido. Três amigas, G., A. C. e L. foram viajar ontem para o Chile e só chegam no dia do meu aniversário. A L. achava que o aniversário seria comemorado no fim de semana, não na quinta-feira. As irmãs B. e C. não foram porque iam chegar da academia muito em cima da hora. O D. tinha que resolver uns probleminhas da faculdade. A D. parecia que chegaria atrasada, mas não apareceu. E blá blá blá...

Uma amiga nossa ganhou o prêmio de Mulher Coragem. Ela, juntamente com cinco homens, andou de ônibus às 2h30min! =) Isso, para os homens, é uma bênção. Ou vocês acham o quê?! Nós só andamos de táxi porque estamos acompanhados de mulheres. Senão, andaríamos de ônibus. Vocês preferem pagar R$28,00 de uma viagem ou R$2,10?

O único problema de se andar de ônibus de madrugada, depois da balada, é a demora do mesmo. Mas, com vários amigos no mesmo ponto, a espera fica menos insuportável. Outro problema são os percalços no decorrer do caminho até sua morada. Ontem, aliás, hoje, meu ônibus quase atropela um mendigo bêbado que resolveu atravessar uma rua da Glória em desparada. Depois, dois outros bêbados resolveram entrar no 434 na Praça da Bandeira e não queriam pagar a passagem.

Uma coisa linda.

***
Antes de ontem - ou seria anteontem?, fiz uma reunião aqui em casa para meus amigos. Seria meio que um "bota fora" para G., A. C. e L. Vieram umas 20 pessoas, umas 4 pizzas gigantes, uns 10 refrigerantes, muito música e alegria. Ai Ai...

Como eu amo muito tudo isso!







***
Agora, uma boneca da Amy Winehouse.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

To know him is to love him; Este lado do paraíso; Forrest Gump


Música de hoje, de ontem e de sempre: "To know him is to love him", cantado por Amy Winehouse. A música, originalmente, é de Phil Spector, reproduzida por sua primeira banda, os "Teddy Bears". Ficou como número um na Billboard em 1968. O título da música foi alterado pelos Beatles para "To know her is to love her" e retornou como "To know you is to love you". Em 1987, Dolly Parton, Emmylou Harris e Linda Ronstadt fizeram um cover da música, levando a versão para o top do U.S. Hot Country Songs.


Ok, daqui a pouco nem eu vou aguentar mais falar de Amy.


Hum... Não, eu acho que não! xD


***


Livro de hoje, de ontem e de sempre: "Este lado do paraíso", primeiro romance de F. Scott Fitzgerald, publicado na década de 1920. "Retrata uma época - a década de 1920 nos Estados Unidos, de prosperidade e modernização - e também um momento de transição na cultura norte-americana: a passagem do ascetismo religioso focado no trabalho para um momento em que se torna possível gozar sem culpa os bens materiais por ele gerados. Amory Blaine, o protagonista do livro, é um jovem com aspirações literárias e obcecado por prestígio social. Não tem compromisso com qualquer esteio de ordem moral e promove a celebração de um egoísmo aristocrático que, ao menos até 1929, encontrou nos EUA terreno fértil para se desenvolver." (http://www.cosacnaify.com.br/loja/detalhes.asp?codigo_produto=367).


Mas, o melhor de tudo foi comprar tal livro por apenas R$5,00. Como se percebe no site acima, o valor normal dele é de R$59,00! Ele foi comprado na Livraria Martins Fontes, Avenida Rio Branco, número 122, Centro. Uma bonita livraria. http://www.martinsfonteseditora.com.br/home.asp


***


Filme de hoje, de ontem e de sempre: "Forrest Gump - O contador de histórias", filme de 1994, norte-americano, com Tom Hanks e dirigido por Robert Zemickis. O filme começa com uma pena caindo aos pés de Forrest Gump, sentado numa parada de ônibus em Savannah, na Georgia. Forrest pega a pena e coloca-a dentro de um livro, e então começa a contar a história de sua vida a uma mulher sentada próxima a ele (os ouvintes na parada de ônibus mudam regularmente ao passar da história, cada um mostrando diferentes reações perante a história de Gump, indo da incredulidade e indiferença até profunda admiração).


No total, o filme Forrest Gump recebeu 38 prêmios, além de mais 37 indicações, entre eles:
Oscar 1995 (EUA)

Ganhador de seis prêmios, nas categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator (Tom Hanks), Melhor Roteiro Adaptado, Melhores Efeitos Especiais e Melhor Montagem.
Indicado nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Gary Sinise), Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia, Melhores Efeitos Sonoros, Melhor Maquiagem, Melhor Trilha Sonora Original e Melhor Edição de Som.
Globo de Ouro 1995 (EUA)
Venceu nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator.
Indicado nas categorias Melhor Trilha Sonora, Melhor Ator Coadjuvante (Gary Sinise), Melhor Atriz Coadjuvante (Robin Wright) e Melhor Roteiro.
BAFTA 1995 (Reino Unido)
Venceu na categoria de Efeitos Especiais.
Indicado nas categorias de Melhor Ator (Tom Hanks), Melhor Atriz Coadjuvante (Sally Fields), Melhor Edição, Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Fotografia.
Prêmio Saturno 1995 (Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films, EUA)
Venceu na categoria de Melhor Filme de Fantasia e malhor Ator Coadjuvante (Gary Sinise).
Indicado nas categorias de Melhor Ator (Tom Hanks), Melhor Diretor, Melhor Música, Melhores Efeitos Especiais, Melhor Atriz Coadjuvante (Robin Wright Penn) e Melhor Roteiro.
Academia Japonesa de Cinema 1996 (Japão)
Indicado na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.
Screen Actors Guild Awards 1995 (EUA)
Venceu na categoria de Atuação Extraordinária de um Ator em Papel Principal (Tom Hanks).
Indicado nas categorias de Atuação Extraordinária de uma Atriz em Papel Coadjuvante (Sally Field e Robin Wright Penn), Atuação Extraordinária de um Ator em Papel Coadjuvante (Gary Sinise).
Prêmio Eddie 1995 (American Cinema Editors, EUA)
Venceu na categoria de Filme Melhor Editado.

sábado, 19 de julho de 2008

Foi-se a Amada


Morreu hoje, aos 101 anos de idade, Dercy Gonçalves.


Um minuto de silêncio, por favor.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Emporium PAX; Amy e The Zutons

(The Zutons - Banda que canta originalmente "Valerie")


Creio que todos que dão uma olhada no meu blog já perceberam que eu moro no Rio de Janeiro. Então, não preciso ficar aqui dizendo muitas coisas, pois para um bom entendedor, meia palavra basta.

Hoje, aliás, ontem, pois já são 01h16min, fui com meus amigos A. C., F. L. e B. para o Shopping da Gávea. Mas antes, demos uma passeada pela PUC. Enfim, já no Shopping, resolvemos ir ao cinema. No Estação Vivo Gávea estava passando o novo filme do Batman, chamado "Batman - O Cavaleiro das Trevas" (Batman - The Dark Knight). Para nossa infelicidade, os ingressos já tinham acabado e tivemos que decidir o que fazer. Decidimos, então, comer alguma coisa.

Caímos no 1° andar do Shopping, comendo pizza no Emporium PAX -

http://www.emporiumpax.com.br/. Eu, se fosse crítico gastronômico como a Luciana Fróes o é, daria 3 garfos para o local. A pizza é ótima e barata. A massa é fina e crocante. Pena que o catupiry fica muito enjoativo. Será que o problema é do restaurante ou meu mesmo com o catupiry?


***


Aqui vai a relação de músicas de Amy Winehouse lançadas em seus dois últimos CDs. E um protesto: a música "Rehab", óbviamente e sem sombra de dúvidas, pertencente à Amy, não está podendo ser colocada na relação de vídeos do Orkut. Nem ela, nem duas músicas de Duffy. ¬¬''


Coloco aqui as músicas para que as pessoas que não a conhecem (será que esse tipo de gente ainda existe?), possa conhecer ou pelo menos querer. Incentivo, com isso, o download ilegal? Bem... não sei. Creio que, assim, estou divulgando o nome de tão divina cantora. Quando ela vier cantar aqui no Brasil - algo que tenho fé que um dia irá acontecer -, esses seres humanos que a adimiram pelo meu blog e orkut, irão me agredecer. E ela me agradecerá.


"Frank":















"Back to Black":












Edição Britânica e Irlandesa
Addicted http://br.youtube.com/watch?v=kVWNWSTg9QI&feature=related

Edição norte-americana
You Know I'm No Good (participação Ghostface Killah)


Edição Japonesa
Addicted

Close to the Front
Hey Little Rich Girl (participação Zalon and Ade) (Terry Hall, Roderick Byers) http://br.youtube.com/watch?v=mu3XcgI6VOA

Monkey Man (Frederick Hibbert)
Back to Black (The Rumble Strips Remix)

You Know I'm No Good (participação Ghostface Killah)


Disco Bônus Deluxe edition
Valerie (Radio 1's Live Lounge) (Dave McCabe, The Zutons) http://br.youtube.com/watch?v=MkYtU8i1TPk

Cupid (Sam Cooke)
Monkey Man (Toots and The Maytals)

To Know Him Is to Love Him

Hey Little Rich Girl (participação Zalon and Ade) (Roddy Byers)
You're Wondering Now (Clement Dodd)

Some Unholy War (Acoustic)
Love Is a Losing Game (Original Demo)


Edição Alemã Limitada
Rehab (Ao Vivo em Kalkscheune / Berlin)

Love Is a Losing Game (Ao Vivo em Kalkscheune / Berlin)
Tears Dry on Their Own (Ao Vivo em Kalkscheune / Berlin)

Take the Box (Ao Vivo em Kalkscheune / Berlin

Valerie (Ao Vivo em Kalkscheune / Berlin) http://br.youtube.com/watch?v=7CJzMkvJUno

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Moda e Ray-Ban

(Ray-Ban, fundado em 1937, por Bausch & Lomb. Introduzidos na cultura POP pelas Forças Aéreas norte-americanas)

A moda é uma coisa que muda bastante. Minha relação com ela se faz mais presente no que diz respeito aos óculos escuros.


Quando eu tinha uns 12 anos de idade, meu tio C. deixou aqui em minha casa um óculos Ray-Ban legitimíssimo. Era aqueles de aviador. Eu tinha 12 anos em 2002. Além de ser de aviador, ainda tinha aquela cordinha para colocar por detrás do pescoço (descobrir que pescoço, em espanhol, é cuello, foi hilário). Eu, naquela época, já sabia da fama e do status de um Ray-Ban na vida de uma pessoa. Qualquer pessoa.


Criei coragem e, primeiramente, retirei a cordinha dele e fui à luta. Um dia fui para o colégio com ele. Estudei, de 2001 até 2007, ou seja, da minha 5ª série até o meu pré-vestibular (nunca falei 3° ano porque em todo o meu ensino médio me preparei para o vestibular, então, o último ano da escola era ano de vestibular sério, não apenas ano de acabar a escola), no Colégio Santa Mônica, no Cachambi, aqui mesmo no Rio. Isso, claro, sem meus pais saberem. Era um segredo que apenas seria revelado no local do crime, para a surpresa dos colegas e para a minha própria vergonha.


Chegando ao colégio, fiquei no pátio na espera de o sinal tocar para todos subirem os degraus que levariam à sala. Os colegas e amigos começaram a chegar. Isso ocorreu em julho de 2003, nunca me esqueço. As pessoas começaram a me chamar de bezorão e de Reginaldo Rossi. Demorou em torno de 2 anos para o apelido sumir por completo.


Uns 4 anos depois, minha mãe jogou o óculos fora. Creio que ela estava fora de si. Ray-Bans não se jogam fora. Ray-Bans se vendem, no mínimo, por um bom preço. O motivo que ela alegou para tal sandice foi a feiura deles. Depois concluí que é raro minha mãe gostar de alguma roupa ou adereço utilizado por mim. Começou, então, a OP (Operação Resgate). Eu e minha avó L. começamos a catar o óculos. Como minha mãe A. disse que os havia jogado fora e na ocasião ainda não era dia de lixeiro, concluímos o local óbvio em que o óculos deveria estar. Sim, é nojento. Mas por um Ray-Ban tudo pode.


Ele foi achado e lavado. Apesar de tudo, nunca mais foi o mesmo. Ficou meio tortinho e meio arranhado. Eu não guardo rancor de ninguém (ou de quase ninguém). Não gosto de vinganças. E se errar é humano, perdoar é divino. Além disso, era minha mãe. É contra minha índole ficar brigado por muito tempo com mães, senão quem coloca nosso jantarzinho, cafézinho... =(


Um ano depois, em 2008, surgiu a oportunidade de usufruir livre e espontaneamente de outro Ray-Ban. Minha avó L. comprou, há 15 anos, um óculos escuros (de lentes amarelas, na verdade) que, segundo ela jura de pés juntos e amarrados, é Ray-Ban. Um dia fui, com meus amigos do peito, ao Zoológico do Rio de Janeiro, em São Cristóvão. Minha avó disse que estava muito sol, que seria bom usar uma proteção. Coloquei esses tais óculos. Ficou estiloso. Fui para lá. Todos acharam a última sensação do momento. Só para fins comparativos: esse óculos eram até maiores que aquele outro. O utilzo, com certa frequência, até hoje. Minha mãe e meu pai H., claro, não gostaram muito dele. Nem ligo, pois eles foram adolescentes-quase-adultos no início dos anos 1980 e eu sou adolescente-quase-adulto (duas semanas e um dia, que faltam) na segunda metade dos anos 2000. Eu fui um pré-adolescente-adolescente no início dos anos 2000, agora já é outra fase. Isso mostra que a visão de moda deles é completamente oposta a nossa (grandes e lindos jovens).


Admito que há certas coisas que eu usava no passado, que hoje eu nunca mais usaria. Um exemplo, e o mais forte deles, é o cabelo repartido e lambido. Sem comentários e sem fotos, para que vocês não conheçam esse lado negro e obscuro de minha existência.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

As minhas TOPs




















2º) Duffy - Warwick Avenue -














3°) Edith Piaf - Non, je ne regrette rien - http://br.youtube.com/watch?v=Z9eH0nmy0og&feature=related (o vídeo é, na verdade, o filme "Piaf", mas a voz é dela mesmo)





















4°) Aretha Franklin - Don't play that song for me - http://br.youtube.com/watch?v=OAa8vwmeewU















terça-feira, 15 de julho de 2008

Inveja do Fiuza e um início; Os nomes dos filmes; Voltando a postar o que já não era postado tem tempos

Eu tenho inveja do blog do Guilherme Fiuza, jornalista que escreveu o livro que inspirou o filme "Meu nome não é Johnny", estrelado por Selton Mello e Cleo Pires e lançado em janeiro de 2008. Dez posts aparecem na página de abertudo de http://guilhermefiuza.com.br/. O que possui menor número de comentários e o do dia 23 de junho, com 102 comentários.

Por que será? Será que é porque ele não se estende por demais em seus comentários e é sucinto em suas declarações? Ou será que é apenas porque ele ficou conhecido por causa do filme? Não sei, ainda, a resposta.

A revista semanal de informação "Época", divulga seu web site. Na página 14 - pelo menos era essa a da última edição (14 de julho de 2008), fica reservado o espaço para "Epoca.com.br - O site de Época é o lugar na internet para você ficar bem informado durante toda a semana". Na parte inferior de "Epoca.com.br" fica a relação de blogs. "Nosso time de blogueiros traz, diariamente, informações, opiniões e divertimento. Visite http://www.epoca.com.br/ ". Em seguida uma relação de cinco blogs, sendo eles os seguintes: "Bombou na Web - Saiba o que está fazendo sucesso entre os internautas no blog de Renata Leal"; "Blog Animal - Confira as melhores fotos e os vídeos mais interessantes do mundo selvagem"; "Guilherme Fiuza - Informação e muita opinião sobre a atualidade no blog do jornalista"; "Paulo Moreira Leite - O mundo da política diariamente com o diretor da sucursal de Brasília"; e "Faz Caber - A equipe de arte de ÉPOCA publica opções inéditas de capas feitas para a revista". O blog dele bomba tanto por causa disso?

Um dia eu serei muito comentado também, tenho fé no Senhor Deus Todo Poderoso Criador do Céu e da Terra. Já comecei a divulgação. Em meu Orkut http://www.orkut.com.br/Profile.aspx?uid=12643344621791438254 tem lá o endereço daqui e eu faço parte da comunidade "Jornalistas blogueiros": http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=783380. Não sei não, mas ontem eu postei uma historinha e em pouquíssimo tempo depois já tinham colocado um (1), one, uno... comentário.

Creio que já é um início batuta.

***

Artur Xexéo já disse uma vez: os nomes dos filmes brasileiros são feios e estranhos. Como exemplo, usou o "Ó pái, ó", estrelado por Wagner Moura e Lázaro Ramos e dirigido por Monique Gardenberg, na época, em seu lançamento.

Mas, tem outra coisa que me incomoda mais ainda: a tradução dos títulos dos filmes estrangeiros. Por que cargas d'água não traduzem direitinho? Dos que eu me lembro no momento, vou começar com o mais "fraquinho" deles. "Onde os fracos não têm vez" (No country for old men). Qual o motivo para não traduzirem ao pé da letra o título original? Ele ficaria bonito, mesmo em português, oras. "O olho do mal" (The eye). Qual o motivo para não traduzirem "O olho"?! Para finalizar, me recordo de um outro, "Resgate abaixo de zero" (Eight below). Sem comentários. Essas coisas podem alterar o sentido original do filme, sei lá... Se eu fosse diretor de cinema - o que ainda possui uma remota chance de acontecer, afinal de contas faço Comunicação Social, e Cinema é uma de suas habilidade, assim como Jornalismo e Publicidade - não deixaria que colocassem mais palavras no meu belo título. Se meu filme se chamasse "A mulher", em inglês seria "The woman", em espanhol "La mujer", em francês "Le femme"... e assim por diante. Os exemplos de filmes que eu posso ter dado até podem ser meio bobos, mas foram os mais relevantes que me lembrei no momento. Esse lance de traduções vale também para os livros e afins.

***

Como não faço há muito tempo, vou colocar aqui a música do dia! =)"Mercy", da cantora Duffy. Algumas línguas dizem que ela pode ser a substituta de Amy Winehouse, quando ela morrer (bate na madeira três vezes).

http://br.youtube.com/watch?v=KE2orthS3TQ

segunda-feira, 14 de julho de 2008

"A vida da morte"

Arcádia Gonzáles pariu Vovó em um dia chuvoso de abril. Não era muito comum tal fenômeno meteorológico em tal mês. Naquela cidade esquecida por Deus e pelo Diabo, se chove é por sorte, muita sorte. A população acreditava piamente que se o rebento nascesse em dia de sol, teria sua saliência para fora e se nascesse em dia de águas, teria sua saliência voltada para dentro. É por isso que existiam tantos machos em um espaço tão restrito. Difícil perceber que aquilo era uma cidade. Se fosse constituída de quatro avenidas principais, oito ruas de menor importância e umas duas praças, era muito. Mas já bastavam para encher de satisfação e alegria os moribundos semi-analfabetos e completamente desprovidos de senso crítico. O lazer se constituía em escutar ao rádio sintonizado na Estação Central todos os dias santos e não santos, às vinte horas. Cinema ninguém sabia que tinham inventado. As missas de domingo eram obrigatórias para todos, sendo que as viúvas se enfurnavam cotidianamente no local escurecido e repleto de imagens divinas trazidas pelos Zulus em séculos passados. Elas oravam por seus maridos ou amantes, esperando que não os castigassem pelos pecados cometidos em vida. Como poucos sabiam ler, poucos livros eram lidos por esses poucos. Vila Boa, definitivamente, era uma aldeia feita por fanáticos religiosos, por pessoas que perceberam que os ventos uivantes vindos do sul enlouqueciam os que por muitos já eram considerados birutas e, por fim, por homens mal cheirosos que gostavam mais do laboro do que de casa, de mulheres reprimidas que só sabiam dar à luz, rezar e lavar a louça, de crianças que brincavam com as vacas e os porcos e por adolescentes cheios de tesão retido.
Ninguém desejou boa hora para Arcádia Gonzáles. Santa Gorete fizera chover e, em conseqüência do fato, todos estavam assentados em seus respectivos quintais observando o milagre espetaculoso. Além de fazer crescer mais rapidamente as árvores, esse acontecimento faz com que as abelhas amarelas acendam seus traseiros com mais força, sendo as estradas melhor iluminadas e não deixando que os viajantes se percam pelos tortuosos caminhos que levam até a Capela de San Martin de Allegros. Um dos que estavam estarrecidos diante do dilúvio era o progenitor de Vovó. Benito Prestes nem se deu conta dos berros doloridos de sua esposa que, notando a ausência do bem amado, aceitou a idéia de ter que ter a filha sem ter ao seu lado quem sempre quis. Andou cambaleante até sua cama de jacarandá comprada em sua lua-de-mel e trazida até sua casa pelos escravos bicentenários que um dia foram pertences de seus bisavós maternos. O tempo como seu inimigo, não se preocupou com alguns detalhes que jamais passariam despercebidos por gestantes mais atenciosas. Abriu as pernas e pediu para que continuasse viva depois daqueles minutos intermináveis. Saiu. Se chorou, Jesus a calou. As duas, tanto uma quanto outra. Pois eram fortes. Todas as mulheres daquela família o eram. Fortes por fora e, por vezes, nem tanto por dentro. Mas isso não vem, não vinha e nunca virá ao caso. O que importava mesmo é que as moças daquela prole conseguiram passar por tudo nessa vida cuspida por algum ingrato.
Benito Prestes sempre freqüentou os bailes promovidos no Quartel General de Figueiroa. Arcádia Gonzáles nunca foi muito adepta aos festejos. Ele aprendeu com os amigos o real significado da diversão. Ela foi ensinada pelas freiras ortodoxas da Igreja Católica que ler a cartilha sempre antes de todas as refeições e antes de dormir era fundamental. O dia em que se conheceram era de comemoração. E as comemorações na cidade eram concebidas na Igreja de Nossa Senhora dos Lamentos ou no Quartel General de Figueiroa. As espirituais na primeira e as carnais no segundo. Como bailes não são muito bem vistos por padres nem freiras, eram realizados sempre aos sábados no Quartel. No baile em que se conheceram, seria eleita a pessoa que viveria por mais anos dentre todos os presentes. Dádiva única dada para a mulher, preferencialmente, mais bela dentre todas. A premiação se realizava em um espaço em média de cento e vinte anos, pois é a expectativa de vida das mulheres anteriormente condecoradas. E uma senhora só pode colocar a Coroa da Centenária quando a antiga dona sucumbir. Para se chegar ao Quartel era difícil. Isso por causa da densa Floresta de Eucaliptos, que mata sem piedade os desejos de plantio de qualquer outra forma vegetal e também pelas montanhas desproporcionais ao tamanho dos habitantes daquela delimitação territorial. Altas e cobertas de gelo durante metade do ano. Nasceram muito depois da construção de uma das melhores rodovias do país. Chamar-se-ia Rodovia Calcaso, mas o terremoto que assolou o estado durante três dias consecutivos, fez com que surgisse, bem no meio desta, uma das maiores montanhas vistas pelos homens de então. Esses dois fatores citados anteriormente se transformavam em empecilho para a passagem de indivíduos para o local das festividades carnais. Benito Prestes, com seu espírito aventureiro e a falta de moedas de ouro no bolso, juntamente com seu grande companheiro Pepe Legrel, percorreram de pés dez quilômetros, até chegarem, depois de algum esforço, ao Quartel. Já Arcádia Gonzáles decidiu-se a não sair de casa. Preferia muito mais praticar a rotina rotineira do que arriscar-se por entre matas e pedras grandes para chegar a uma bobagem de entrega da Coroa de Não Sei O Quê. Depois de tudo, nunca se achou bela, então, não via coerência em ficar deslumbrando a beleza alheia, em decadência da própria. Mas, por insistência das dez irmãs que possuía, cedeu.
Benito Prestes chega com Pepe Legrel a “Festa da Premiação da Centenária”. Chegaram bem antes de todos. Para o ócio não tomar conta de seus corpos e mentes, resolveram caminhar por entre os soldados que lá estavam de serviço, para espairecer um pouco. Como não tinham relógio nem sabiam muito bem os números, noção nenhuma havia da parte deles do horário de início da grande premiação. Sabiam apenas do dia em que seria realizada. Ainda do outro lado de Vila Boa, Arcádia Gonzáles e outras dez Gonzáles iam de carroça, puxada por quatro jegues cor de mel, acabados e com as patas calejadas de tanto caminhar. Quando conseguiram chegar, viram todas aquelas pessoas que sempre viam. Todas aquelas pessoas que sempre souberam o nome. Todas aquelas pessoas que sempre... sempre era a mesma coisa. Arcádia Gonzáles, repentinamente, sem nenhum aviso prévio, sentiu-se estafada da vida. Cansou-se daquela vida que vivia tão igualitariamente há dezessete anos. Parou, deixou as irmãs continuarem o caminho para o centro da multidão de meia dúzia de quatro e respirou fundo. Dar um escândalo, não daria, porque isso não é coisa que se faz. Simplesmente olhou pra trás e quis que sua vida fosse um pouquinho oposta do que era. Refletiu. Flutuou até a barraca em que se vendia água benta e pediu um copo. Lá se vendia e se comprava de tudo. A vendedora charlatã, dona da birosca, quando se viu desempregada, foi até o lavabo de sua residência e abriu a torneira. Pegou uma garrafa de plástico e colocou toda a água dentro. E com uma caneta escreveu em letras ruins: “Água benta do Rio Jordão’’. Nunca mais precisou pedir dinheiro emprestado para terceiros. Depois de comprar a suposta água benta, Arcádia Gonzáles foi até o banheiro público, que fica afastado do meio do povo. Segurando o copo com toda a força que possuía em suas grossas mãos, tomou. Beber a água seria mais eficaz do que jogá-la na testa. Assim, a súplica subiria mais veloz ao céu e chegaria com mais nitidez aos ouvidos do Senhor. Engoliu tudo. Pediu outra vida. Pediu mais amor. Pediu mais beleza. Pediu mais furor. Pediu mais, mais, mais, cada vez mais.
Benito Prestes não imaginava que se lembraria daquele dia como o último em que veria os oficiais do exército com bons olhos. Ele e seu amigo cansaram-se de tanto nadar por aquele mar de uniformizados e resolveram voltar para onde já deveriam estar concentradas as pessoas. Logo que se aproximaram, os indivíduos começaram a berrar como se fossem leões famintos, sedentos por carne fresca. Pepe Legrel disse para Benito Prestes que os portões haviam sido abertos e que os comes e bebes começaria logo. Pois, como sempre se foi de costume, comia-se e bebia-se muito, apesar da miséria de grande parte das famílias. E sempre há motivos para se comemorar e comer, não necessariamente nessa ordem. A ordem seria esta: comer e beber, depois iriam todos aos seus respectivos assentos, para desfrutarem da semi-sesta. E por último, depois de meia hora de descanso, assistiriam ao desfile das pré-candidatas, escolhidas a dedo pelo locutor da Estação Central. No fim das contas, resumindo-se os acontecimentos, Herundina Gonzáles, irmã mais velha de Arcádia Gonzáles, ganhou o grande troféu. Seria destinada a viver por, no mínimo, mais cem anos, em razão de que já tinha vinte e seis de idade. Depois que todos se retiraram do Salão, seguiram para fora. Várias eram as atrações no pátio. Barracas de beijo por duas moedinhas, maçãs adocicadas, gordas mulheres barbadas, elefantes amigos de ratos. Para se divertir tinha que se gastar, mas Pepe Legrel era primo de sexto grau de uma alta patente do Exército Vermelho. Então, nem Pepe Legrel nem Benito Prestes teriam que se incomodar. Era a última barraca da última fileira de barracas. Vendiam-se fogos de artifício que se mirados corretamente para a pessoa amada, essa se apaixonaria perdidamente. Benito Prestes correu por muitas mulheres durante seus parcos dezoito anos. Nenhuma o interessou por mais que duas horas. Pepe Legrel nem isso. Virgem sempre foi e amar não estava ao seu alcance, segundo ele mesmo sempre frisou. Como era tudo regalia, Benito Prestes quis aproveitar tudo até a última gota.
Os fogos foram comprados e lançados o mais rapidamente possível. Afastaram todas as pessoas que se encontravam por perto e esperaram sorte para que o objeto alcançasse certamente a mulher que sempre olhou, mas nunca se aproximou. Arcádia González foi a imagem mais lúdica e sexualmente atraente que já chegou a seus olhos. Mas nunca foi mais que isso, nunca chegou mais perto, nunca se declarou de fato. Não via como possível amar uma pessoa que apenas havia olhado. Apesar de tudo, isso foi há tempos atrás. Agora, vendo a oportunidade que sempre sonhara, não a deixou ultrapassar seus dedos. Em menos de duas horas, Arcádia Gonzáles tornou-se Arcádia Gonzáles Prestes. Casaram-se longe dali. Isso porque o pai de Arcádia Gonzáles não poderia saber, pelo menos por enquanto, do matrimônio. Ele achava a filha muito nova para casar, queria que ela se enrolasse com uma pessoa que ele mesmo escolhesse e era homem não entrável na casa da família de Benito Prestes. Se unir a alguém foi uma forma de resposta para a água benta tomada por Arcádia Gonzáles. Porque se unindo àquele homem que um dia olhou e se apaixonou, poderia ser livre das irmãs e do pai que tanto a oprimia. Para Benito Prestes, casar significaria usufruir do atributo que Deus dá para toda homem quando nasce: sustentar uma mulher e, posteriormente, um filho.
Na festa ficaram a irmã de Arcádia Gonzáles, escolhida para viver praticamente para sempre, e Pepe Legrel. Ninguém consegue explicar ao certo porque ela se chegou a ele nem porque ele se chegou a ela. O fato é que os dois resolveram ficar juntos. Ela sabia que ele tinha tuberculose, doença adquirida quando foi retirar leite de uma vaca possuidora da mesma doença, e que não viveria por mais do que dez, quinze e anos. Ou seja, ficaria viúva por muito tempo. Foram morar ao lado do rio Serpa. Quando Arcádia Gonzáles e Benito Prestes regressaram da lua-de-mel, foram dormir em um quartinho perto da cozinha de Pepe Legrel e Herundina Gonzáles. O pai das duas morreu pouco tempo depois da “Festa da Premiação da Centenária”, então nem brigou muito com o casal por causa da união. De passageira, a estada do casal se fez permanente na casa alheia. E isso não foi problema para os donos da residência. Casa cheia, festa sempre. A casa passou a ser de todos os quatro.
Herundina Gonzáles Legrel se viu incapacitada de pegar barriga. Tinha um problema com os ovários, causado pela grande e contínua exposição ao frio da região em que moravam. Para sua revolta e inveja, sua irmã era mais fértil que cadela no cio. A primeira gravidez foi de Vovó Prestes Gonzáles.
O tempo foi passando e Vovó ficou mais e mais bela e sedutora. Os homens, os meninos e até as meninas e mulheres não conseguiam não olhá-la. Era um torpor. Quando de seu aniversário de quinze anos, o Exército Vermelho resolveu fincar pés próximo ao rio Serpa, local estratégico par a luta armada entre o Exército Vermelho e o Exército Amarelo, respectivamente de esquerda e de direta politicamente. Tal conflito foi causado por causa de uma questão familiar muito pouco esclarecida pelos periódicos do país e alcançou proporções nunca antes previstas. Uma guerra civil se fez presente e teimava em estar a complicar a vida e rotina das pessoas. A idade mínima para se entrar no serviço militar era de dezesseis anos e a máxima de vinte e quatro. Então, os varões que lá trabalhavam eram os dos mais bem apessoados para as vistas femininas. Lá havia um homem conhecido com Asdrúbal Trombone. Ele, no momento em que se retirara do local de trabalho e fora à feira de peixes comprar mantimentos para a alimentação da tropa, vira Vovó sair de sua casa. No momento, viu borboletas chegarem perto dele e o levantarem até o céu. Sensação semelhante, tinha certeza, nunca mais haveria de sentir igual. Era por aquela jovem, então, que lutaria e ganharia a guerra. Não tardou para começaram a trocar correspondências. Nelas, ele não se envergonhava em expor o motivo pelo qual guerreava: ela. Iria até as últimas conseqüências, apenas por ela. Vovó criou também um sentimento por ele, e se martirizava cotidianamente por ser a causa de tanto cansaço em um pobre rapaz.
A Guerra Civil Latinera durou quinze anos. Acabou logo um dia após a morte de Pepe Legrel, tubérculo convicto. Asdrúbal Trombone ainda não tinha dado um beijo em Vovó Prestes Gonzáles. Apenas as letras unia-os. Demóstenes Josino, comandante-em-chefe do Exército Vermelho, deu a triste notícia para Vovó, e apenas para ela, pois ninguém da estirpe, em quinze anos, soube da troca de confidências amorosas entres os dois seres humanos. Asdrúbal Trombone morrera em batalha, não um dia antes de a guerra terminar, como Pepe Legrel, mas sim no antepenúltimo dia. Ela aprendera com a tia e a mãe a ser uma mulher forte, pois assim eram todas as mulheres Gonzalesas. E, por isso mesmo, viu-se obrigada ao suicídio. Por ser tão determinada e teimosa, definiu em sua mente que se não conseguira trocar um beijo entre Asdrúbal Trombone em vida, que fosse, então, na morte. Pegou o cadarço do sapato mais novo, o amarrou no lustre e pronto. Antes deixou uma carta para os pais. Foi aí que se teve início o ódio de Benito Prestes pelo Exército. Com a morte da filha e a vitória do Exército Vermelho, viu-se tomado de ódio por todo o corpo. Decidiu-se a tomar uma atitude. Sozinho, se encaminhou para a sede do Exército e declarou nova guerra. Ao contrário da outra, que durou por volta de quinze anos, esta durou quinze minutos. Sucumbiu em dois tempos. Um sargento desavisado se incomodou com a berraria ministrada pelo homem, que atrapalhava seu almoço. Um tiro de fuzil e pronto. O serviço estava feito.
Herundina Gonzáles e Arcádia Gonzáles estavam sós. Arcádia Gonzáles não durou muito. Tomada por uma depressão profunda, ascendeu aos céus por inanição. Para não se ver completamente sem companhia por pelo menos mais noventa anos, Herundina Gonzáles deixou o corpo da irmã ali, bem ao seu lado na mesa de jantar, para que com isso pudesse ter alguém com quem conversar. As suas outras irmãs a abandonaram depois de ter ganhado a vida longa, tempos atrás, por causa do ódio e inveja. Elas não conseguiram digerir a altivez que assolou Herundina Gonzáles. Apenas Arcádia Gonzáles conseguiu conviver com a irmã, por causa da boa vida gerada pela água benta, insuficiente para suportar a perda do marido e da filha.
A mulher chegou aos cento e vinte anos de idade. Durou exatamente o que previa. Morreu literalmente sozinha. Todos os outros da cidade não existiam mais.Viu de perto a solidão dos dias. Achou um alento morrer. Arrependera-se das coisas do passado e via um futuro promissor no reino de Deus Todo Poderoso. Sua vida não fizera muito sentido e não possui muita linearidade. Não lera livros, nunca fora ao cinema, rádio escutou pouco. Mas morreu como todos os outros. E foi para o mesmo lugar. Pelo menos fora o que esperava. Ao primeiro minuto de morta, não viu nada semelhante a um céu azul, com nuvens, nem seus familiares mortos. Estava em um lugar preto. Preto e sem ninguém por perto.
Escutou, ao longe, apenas uma voz: “A morte é assim. Conforme-se. Vivemos sozinhos e continuamos, ao morrer, sozinhos.”

Coisas sobre a Flip 2008


Flip 2008 (Festa ou Feira - uma coisa que eu nunca descobrirei ao certo - Literária de Paraty).

05/07/2008





Pessoas legais, lugares bonitos, livros relativamente baratos, restaurantes deliciosos, tombos da minha avó, milhares de sacolas para carregar, 2 horas e alguma coisa de viagem de Angra dos Reis até Paraty.


Pessoas famosas foram vistas, como Edney Silvestre, Leilane Neubarth, Rosamaria Murtinho, um escritor lá dando autógrafos que agora eu não me recordo o nome (ah, era o Neil Gaiman, autor de "Coisas frágeis"); meninas dando abraços grátis, cachorros se amando...

domingo, 13 de julho de 2008

Pantaléon e as visitadoras


Mario Vargas Llosa (1936-) escreveu o livro "Pantaleón e as visitadoras" (Pantaleón y las visitadoras) em 1973. O livro, inicialmente, causa um certo estranhamento. Isso é causado pois ele intercala os diálogos. Ou seja, há o travessão e a fala de uma personagem em sua casa; logo em seguida, vemos um outro travessão e a vez fica com uma outra persongem fixada em um navio. Conclui-se, assim, a falta de "linearidade" na narrativa de Vargas Llosa. Depois da terceira página do primeiro capítulo, já se consegue digerir melhor essa forma como o escritor encontrou de transmitir sua mensagem. Nos capítulos seguintes vê-se a dedicação de páginas para a reprodução de cartas trocadas por irmãs e por mensagens oficiais trocadas pelos membros do Exército peruano.


Analisando o livro, encontra-se uma delação da hipocrisia do Exército, em vista que "visitadoras" é apenas um eufemismo para "prostitutas". Para o leitor que ainda não leu a obra do peruano, segue um breve resumo do livro em questão: "Pantaleón Pantoja tem um senso de disciplina tão profundo que é encarregado pelo Exército peruano de organizar um bordel itinerante. Sua missão é reduzir as taxas de estupro nas zonas militarizadas, oferecendo prostitutas aos soldados. Em cartas enviadas a seus superiores, ele relata o seu sucesso e os testes que faz pessoalmente com as visitadoras. Tudo vai bem até ele se apaixonar pela mais bela das prostitutas." (Biblioteca Folha). A hipocrisia é vista porque a sociedade civil não pode saber do que está ocorrendo nas entranhas do Exército. Para se dizer a verdade, nem certas pessoas de dentro da instituição têm conhecimento da operação. Contribuindo para se perceber o tom denuncista dos relatos e a irritação causado pelo livro em seu país quando do lançamento, ele chegou a ser censurado.


Agora partamos para minha visão pessoal do livro. Eu o achei, de certa forma, não muito bom. Entendo que ele possui grandes méritos, como essa esperta intercalação de falas - saindo um pouco do lugar comum -, a descrição da vida subhumana das "lavadeiras" e prostitutas de casas de sexo, um jornalista calhorda e a própria causa do corpo militar. Mas, cruamente, é apenas isso. O livro não ultrapassa certas barreiras. Não chega à uma grande introspecção pscicológica. Fica apenas suscetível aos acontecimentos e os repassa ao leitor. Segundo certos críticos, "neste romance, Mario Vargas Llosa exibe mais uma vez a sua fantástica capacidade de contar histórias que têm ao mesmo tempo um pé bem plantado na realidade, e o outro, no delírio." Sim, é verdade. Mas, nem por isso, ele deixa de, por vezes, ser meio arrastado.


Apesar de tudo, uma leitura é sempre uma leitura e sempre nos faz refletir. Não é que eu tenha odiado o livro, mas já li melhores. Acho que é porque há poucos acontecimentos que mudam o rumo da história - Pantaleón e a mulher, ela não sabe o que ele faz no exército; depois ele se envolve com uma prostitua, sua mulher descobre com o que ele trabalha; ela se separa dele; a instituição vai bem, chegando ao seu ápice; outra coisa acontece que muda um pouco as coisas, mas não conto porque senão as pessoas não vão ler mais o livro - e também porque existem poucas personagens (não relacionem isso apenas às mulheres, "a personagem" pode ser homem ou mulher - pequena referência à Óh Toda Poderosa Dilma Melo). Fiquei muito mal acostumado com Gabriel García Márquez (1927-) em "Cem anos de solidão" (Cien años de soledad), lançado em 1967. Esse sim escreveu sua obra com muitas personagens, muita história e sim, um verdadeiro e digno realismo fantástico.

Como fazer para intitular um texto quando se está sem a mínima criatividade e com toda a pressa?

Hoje deve ser um dia atípico. Hoje é domingo, o que contribui para o dia ser atípico. Segundo o senhor Horóscopo, o signo de Leão (não por acaso, o meu) possui o domingo como dia predileto. Pode até ser. Quando há almoços de família e se está de férias, domingos são bem divertidos. Isso apenas porque eles não são considerados, por essa época, o fim do descanço para o começo da labuta. Mas, mesmo nas férias, quando não existem reuniões familiares, o dia santo para a religião é meio enfadonho. Na televisão, o Fausto Silva, o "Domingo Legal", os jogos de futebol, simplesmente reinam. Mesmo assim, parando para pensar agora, até que sou um felizardo. Eu possuo família, o que aumenta a propabilidade de haver uma reuniãozinha no domingo; eu estou de férias, o que não faz a musiquinha do fim do "Fantástico" me deprimir; e, principalmente, eu tenho tv a cabo, onde eu posso me chafurdar nas séries e filmes que tanta amo. Em contrapartida, ao identificar uma nivelação baixíssima da qualidade televisiva e afins, posso ir para o livro. Olha que coisa brilhante?! Sendo que o livro também pode não ser bom. Não é porque a pessoa escreveu um livro que ela se torna intelectual e o livro se faz automaticamente interessante e produtivo para a vida de alguém. Então, estou em uma cilada? Creio que ainda não, pois ainda existe o meu blog e o meu Microsoft Word, que são válvulas para a minha criatividade. E que ninguém me critique, porque tudo o que eu escrevo é de muita qualidade. Pelo menos para mim.

Voltando ao início, vou explicitar o motivo para eu ter escrito a primeira frase: é porque eu escrevi duas vezes no mesmo dia no meu blog. Não é legal?! Eu, pelo menos, acho que é. Para um blog que possui 20 posts - com esse, 21 - e tem 5 comentários, escrever duas vezes em um mesmo dia pode ser considerado murro em ponta de faca. Mas não. É apenas paixão pela escrita e a crença de que um dia mais alguém irá lê-lo. Apenas para dados estatísticos, meu blog, desde fevereiro de 2008, foi visualizado 73 vezes. Ou seja, vamos para as estatísticas, que dão um maior impacto para matéria jornalística e que aqui irão mostrar para vocês a realidade disfarçada: em média, com 5 meses de existência, meu blog recebeu um comentário a cada mês; 14,6 visitas a cada mês (espero que eles não contem com as minhas próprias); e um comentário a cada 4 postagens.





No primeiro parágrafo, eu escrevi a palavra "cilada". Por falar na dita cuja, lembram-se daquele sitcom do Bruno Mazzeo, filho do Chico Anísio, que, segundo a "Wikipédia", é um programa que "mostra situações do dia-a-dia que podem se transformar em situações problemáticas", transmitido pelo Multishow? Pois então, vai virar filme. O sitcom começou a ser exibido em 18 de novembro de 2005 e acabou dois anos depois, em 23 de novembro de 2007, na sua 4ª temporada. Não se tem data certa para o lançamento do longa-metragem, o que pode ocorrer provavelmente ano que vêm. Por enquanto, o Multishow começou a reprisar "Cilada". Desde 12 de julho, ou seja, ontem, sábado, às 21h45min, teve início a reprise, com o episódio "Barzinho". As "reprises das reprises" serão transmitidas nos seguintes horários: domingo, às 16h00min e 23h15min; terça, às 9h00min e 17h30min; sexta às 14h00min; e às 6h00min do sábado seguinte.



Gostaria de ficar mais por aqui, mas agora tenho que ir. Duas amigas minhas fazem aniversário hoje e iremos comemorar no "Buxixo", um bar que fica na Avenida Maracanã, inaugurado em 2001. Possui dois andares; o bar fica no primeiro e a música ao vivo, no de cima (o 2° é proibido para menores de 18 ¬¬'').

Amy, Rock e Madonna

Amy Winehouse está se mostrando - pelo menos para mim -, mais sólida em suas apresentações mundo afora. Acredito que se ficar assim, ela pode continuar por mais algum tempo entre nós.
***
Rock'n'Rio, para nós cariocas, só em 2014. Mas, como já se sabe, estamos tendo o Rck'n'Rio para Portugal, Espanha... e, em 2010, Rock'n'Rio São Paulo!
Sinceramente, o Rio de Janeiro deveria ganhar royalties em cima desses shows.
***
Madonna no Rio dias 13 e 14 de dezembro de 2008.
Alguém precisa de mais alguma coisa nessa vida de meu Deus?!

terça-feira, 8 de julho de 2008

A dúvida dolorosa

Quando as pessoas entram de férias, elas podem passar por certos problemas existenciais. Bem, não tenho certeza absoluta, nem pesquisas concretas para embasar minhas especulações, mas eu, sim, possuo crises existenciais nesse período considerado sabático. E o pior é que férias de estudante demora muito mais que as de trabalhador. Mas o pior mesmo é que trabalhador pode se esforçar um caralhão de vezes menos que nós e ainda por cima são remunerados. Nós nos ferramos de ler, estudar e tal; não ganhamos para isso - quem estuda em faculdade ou colégio particular gasta dinheiro e não recebe nada; já quem está em uma universidade ou escola pública não precisa pagar, mas também não ganha um tostão com a labuta.
Nas férias, antes do colégio, não entrava muito em paranóia. Isso porque não tinha muito para onde fugir: se eu passasse de ano direitinho, ia para o ano seguinte e pronto. Agora, na universidade, as coisas são um pouco diferentes. Eu escolhi estudar o que estou estudando. Ou seja, não tenho mais matemática, física e química para me estressar e irritar. Apesar de tudo, isso não significa que eu não me mate de estudar em Comunicação Social, ao contrário do que muita gente acredita. Tem sempre aquela disciplina que nos pega de jeito. A minha no primeiro período foi História do pensamento. Bem, isso é só um nome mais bonitinho para a simples Filosofia. Não é que meu professor fosse ruim, o caso é que na primeira prova eu tirei 8.0 e me senti a pessoa mais inteligente da face da Terra; depois, tirei 4.0 na segunda e me vi uma merda e quis colocar a culpa na falta de tempo do término do período letivo e na história de não precisar me preocupar pois já precisava tirar pouco para passar. Agora, me consolo jurando para mim, de pés juntos, que um jornalista não necessita de Platão, Aristóteles, Galileu Galilei e Kant para se tornar um bom profissional de geral, internacional, política, econonima, literatura e coisas afins.
Já fugi muito da questão principal e me sinto na obrigação de relatar para meus queridos leitores (creio que apenas 2, diferentemente dos 17 do Artur Xexéo). Eu tirei uma nota que, para mim, é medíocre na matéria que eu mais gostava. Fiquei com 6.5 na segunda prova de Introdução ao jornalismo. No fim, acabei com a média 6.8 na matéria. O pior é que no segundo semestre eu vou começar Letras Português Literaturas na Uerj e não sei se vou conseguir aguentar a barra das dois cursos simultânes e pior, não sei vou ser um bom jornalista. Isso tem um nome: paranóia da minha cabeça, eu sei. Mas, o que podemos fazer, né... Não podemos fugir dos nossos medos dessa maneira, temos que encará-los com força e coragem.
Eu quero mesmo é unir o útil ao agradável: me formar jornalista e saber de literatura. Poderia, assim, já com 22 ou 24 anos, ser um jornalista "especializado" em literatura brasileira e portuguesa. Porque o maior problema de um jornalista, para mim, é saber de tudo um pouco, mas no fim das contas não saber de nada.
Ai, vida cruel. Afasta de mim esse cálice de vinho tinto de sangue.
Nessas férias, ficar lendo "Pantaleón e as visitadoras", de Mário Vargas Llosa, quatro "piauís", comprar "Crime e castigo", de Fiódor Dostoiévski, "A morte de Ivan Ilitch", de Leon Tolstói e "Dom Casmurro", de Machado de Assis, até que está acalentando o meu desespero. Mas não sei se essas estratagemas conseguirão sufocar minhas angústias.
Acho que tenho mesmo é que escrever um livro.
Ir na Flip (Feira Literária de Paraty) e, principalmente, passar ao lado da Sala de imprensa do local, já fizeram essas férias valerem a pena, a caneta, o lápis... a vida.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

A sofreguidão

Ler é bom. O difícil é escrever. E mais difícil ainda é lerem o que você escreve.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Faça sexo e jornalismo; leia e escreva livros; ame sua família e amigos; e não pratique a guerra e o orkuticídio!

- Quero uma overdose dos meus amigos queridos. Estou morrendo aos poucos sem eles, sinceramente. Eles me irritam certas vezes, mas por outras eles me fazem o homem mais feliz do mundo. Caraca, maluco! Os quero mais que depressa!

- Criei coragem e entrei no Centro Acadêmico de Comunicação Social (Cacos). Lá fede um pouco, mas é decente. Lá vive gente legal. Lá vive gente que nem a gente, gente.

- Segundo "O cortiço", de Aluísio Azevedo, o mundo é largo, tem lugar pro gordo e tem lugar pro magro. Diz também que burro é quem se mata. Então, cabeção, presta bastante atenção: não se mata e vai ler um livro!

- A praia está precisando muito de mim. Ela está perdendo sua cor e suas veias azuladas já começam a dar as caras. E praia só é praia mesmo em Ipanema. Se tivesse praia no Grajaú, a praia só seria praia aqui em Grajaú City. Mas, como aqui não a tenho, amo a de Ipenema, reduto dos legais, antenados, cults, bonitos e ai ai ai.

- Hoje percebi que no jornalismo nem todos gostam do que você produz. Não vai ser por isso que eu vou largar mão de ser foca e entrar em outra empreitada. Noto também que errei em certos momentos do meu trabalho. A vida é assim mesmo: é errando que se aprende. Levar umas verdades na cara nos faz melhores amanhã, ou hoje de noite mesmo.

- Vi o primeiro beijo na boca envolvendo dois homens, na televisão, essa segunda. O primeiro, claro, dentro de um programa semanal de canal fechado, nada envolvendo pornografia explícita, por favor. "Will and Grace" é M-A-R-A!

- Um dia eu vou ser capaz de escrever coisas melhores e mais produtiva e com algum sentido para a vida de vocês, meus leitores. Sendo que, enquanto isso, não fujam de mim. Senão eu faço o papel de maníaco depressivo e mato cada um de vocês, meus xuxus!

- Eu só sei que isto vai ser legal pra fechar o blog de hoje: Eu não aguento mais escutar sobre 1968 e escutar também que a juventude de hoje é apolítica, bitolada e blá blá blá! Nós, geração 2000, somos capazes de tudo e mais um pouco! Temos nossos modos de protestar!
E esse aqui é o meu modo, escrevendo.
Um grito de gerra: "Faça sexo e jornalismo; leia e escreva livros; ame sua família e amigos; e não pratique a guerra e o orkuticídio!"
E tenho dito.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

De repente, não mais que de repente

Soneto da separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfes a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama

De repente não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Coisas e pessoas que me fizeram, fazem e com certeza sempre me farão chorar


''Só tenho uma coisa para dizer: você me fez chorar.''


Hoje eu conheci o rapaz que fez o menino do filme ''Central do Brasil''.


Só tenho e terei uma coisa para dizer sempre: ele me fez chorar.


Um filme e um personagem para a vida, os que nos fazem chorar.

***

Eu simplesmente desisto dos celulares. Eles nunca conseguem funcionar plenamente comigo. Eu desisto. O meu celular me faz chorar.

***

Na terça-feira eu fiquei 3 horas no ônibus, para voltar para casa. Juro. 3! Ônibus em geral me fazem chorar.

***

Hoje eu tive prova múltipla-escolha de Introdução ao Cinema. Provas múltipla-escolha me fazem chorar. Eu sempre fico em uma dúvida cruel entre duas opções. Entrego a prova no último minuto. Ou seja, pensei o máximo que pude. No fim eu descubro que, dentre as duas, eu escolhi justamente a errada.

domingo, 13 de abril de 2008

A arbitrariedade do governo venezuelano, os erros dos jornalistas e uma ode à liberdade de imprensa


A Venezuela de Hugo Chávez cancelou ''Os Simpsons'', por considerá-lo o quê... imoral, digamos assim. Em seu lugar colocou ''SOS Malibu'', com Pamella Anderson. Olha... bem... Hum...


***


O ''Jornal do Brasil'' está tentando, com todas as suas forças, se reerguer economicamente e moralmente. Isso é muito bom. Hoje dei uma comprada no ''JB''. Tem muita coisa boa, mas também tem muita coisa de ruim, assimo como todo jornal. A diferença é que parece que não existe ninguém dentro daquela redação que dá uma revisada nos textos.

Na matéria da página A26, de Camila Arêas, diretamente de Assunção, no Paraguai, ela escreve: ''Diretor do Centro de Políticas Públicas da Universidade Católica do Paraguai, o cientista político Luis Fretes...''. Quatro parágrafos depois, ela escreve: ''As colônias brasileiras no Paraguai 'são fruto de condições comparativas', resume o cientista político Luis Fretes, diretor do Centro de Políticas Públicas da Universidade Católica do Paraguai...''.

- Será que ela ficou tão cheia de trabalho que não se deu nem ao trabalho de revisar o texto escrito?

- Segundo a minha ótica, uma jornalista que é enviada para cobrir eleições consideradas históricas no Paraguai, deve ser no mínimo respeitada e consolidada profissionalmente. Não consolidada no sentido de estar trabalhando há séculos e conhecer as pessoas certas, mas ter noção mínima do que está fazendo.

Concluindo : Necessita-se urgentemente de um editor-chefe que leia as matérias de sua incumbência antes de serem publicadas ou necessita-se de jornalistas que releiam suas matérias antes de serem publicadas.


Mas graças à Deus que existe o ''Jornal do B.'', por ser uma outra opção de leitura e conhecimento e, além de tudo, um mercado de trabalho para eu e você, jornalistas desse meu Brasil tão varonil.

Que fiquem aí o ''Jornal do Brasil'', ''O Globo'', ''O Dia'', ''Extra'', ''Folha de S.Paulo'', ''Estado de S. Paulo'', ''Meia Hora'', ''Expresso'', ''Zero Hora'', ''Veja'', ''Época'', ''Piauí'', ''Carta Capital'', Rede Globo, Record, Bandeirantes, Rede TV!, MTV.......................

segunda-feira, 31 de março de 2008

Botafogo, Lapa, Brasília e Piauí

No sábado fomos à Pistache, bar-boate em Botafogo, na rua Marquês de Olinda. Já fui lá umas três outras vezes com os meus amigos de sempre. Local relativamente em conta para se dançar até tarde, não-proibido para menores de idade... ou seja, bom lugar para quem tem 17 se divertir e para quem tem 18 não achar que a presença dos dezesseteanos vai atrapalhar sua noite.
Só que isso já tem um tempo, hoje ele é outro.
Descobrimos no local que a entrada havia aumentado. Antes se pagava R$10,00 aleatoriamente ao que se comesse. Isso independente do gênero do ser humano. Hoje paga-se R$30,00 homem e R$20,00 mulher. Eles dizem que estão dando um 'bônus' para os frequentadores: nós temos o direito a consumir vinte reais sem ter que pagar nada a mais! Entenderam?! Você, homem, paga R$30,00 para entrar, sendo que desses, vinte são para sua alimentação. Olha que coisa linda? Realmente uma pessoa normal vai ficar sentada a noite toda se empanturrando até chegar na cota dos vinte para não sair no prejuízo.
Mas o pior de tudo nem foi isso, e me espantou tanto que merece até um parágrafo exclusivo ao fato. Ficou proibido para menor de idade. ¬¬''
O parágrafo vai ser sim, apenas de duas frases. Não tenho mais capacidade para escrever mais sobre o tema, partindo do princípio de que estou suficientemente indignado.
Mas foram eles que saíram perdendo. Afinal, meus pés nunca mais entrarão em um tão merda local.

***

Mas como a noite estava apenas começando e uns outros amigos ainda não tinham chegado, fomos até a Rua Farani. Tal rua é conhecida como o ponto de encontro dos universitários da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e um dos restaurantes de lá, sendo qual eu não sei, equivalente ao Seu Pires da PUC (Pontificia Universidade Católica), ao Sujinho da UFRJ da Praia Vermelha (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e ao Mangue da UFRJ do Fundão.
Ficamos no bar da Foca ou coisa do tipo, o que claro, me remeteu a tão amada e idolatrada profissão. Nunca vi cardápio tão pequeno como o deles e que só tinha pizza para comer. Além de só ter pizza, ela só tinha dois tamanhos possíveis, pequena ou grande. A grande de mussarela saiu por dez reais. Uma garrafa de Skol por R$2,50.
Definitivamente gostei de lá.

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Uns amigos foram embora e outros queriam estender a noitada. Eu era um dos que desejavam aumentá-la. Partimos direto para a Lapa. Éramos cinco. Quatro homens e uma mulher. Sendo apenas dois homens maiores de idade e os outros dois e a moça, menores. Mas existe coisa melhor que ficar dançando na calçada, ao lado da boate, escutando a música e se divertindo de graça, mermão??!!
Demos uma passado, lá pelas 5 da manhã, na Pizzaria Guanabara. Uns amigos beberam uma coca, outro um cajuzinho. Resolvemos partir.
Nesse momento, claro.... começa a chover! O abrigo foram os Arcos da Lapa. Ficamos lá ao lado de uns outros, que cantavam 'Como uma deusa'. Meu ônibus e o de minha amiga, chegou. Nos despedimos e entramos. Lá encontro um veterano meu de Comunicação Social na PUC (Puta Universidade Cara, Paraíso Universitário Carioca). Lá estavam caras bêbados zoando com a cara de outros caras bêbados. Lá estavam pessoas que iam para o trabalho. Lá estavam pessoas que, como eu, estavam voltando da noite carioca.
Voltei para casa e dormi muito. E com a certeza de que para a Pistache em Botafogo eu vou dizer não, não, não.

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Revista Piauí, edição número 19 nas bancas dia 02 de Abril de 2008.

***

Raciocinem comigo: Tereza Cruvinel, Helena Chagas e Franklin Martins eram da imprensa. Agora estão no governo. Nesse governo houveram alguns escândalos. Jornalistas, principalmente de Brasília, sabem das coisas antes de nós.
Digo isso, nada mais, posso aparecer amanhã com formiga na boca, enterrado nas areias de Ipanema.
Fica a idéia no ar, interpretem como quiser.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Eu sempre disse não, não, não.

Eles tentaram me mandar para a reabilitação.
E eu disse não, não, não.

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Eu não vou perder meu beibe, xuxu.
Não, vou não.

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Vai, me beije e anda logo com essa porra pois eu não tenho o dia inteiro

***

Pq eles me mandaram para a reabilitação e eu disse não, não e não.

E também... Eu me enganei e sabia que enganaria...
Eu te avisei que eu era problema, você sempre soube que eu não sou lá aquelas coisas.

***

Outra coisa: nunca mais toca aquela música. Ela me traz lembranças. De alguns dias que eu um dia conheci. Daqueles dias que eu passei contigo.
Mesmo lá em cima com ex, eu não conseguia chegar lá.
E, além de tudo, eu choro por você em um chão de cozinha.

***

Concluindo: Não toca mais aquela música pois você sabe que eu não sou nada bom e ainda por cima eu neguei minha própria reabilitação.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Exército, calcinhas, filmes, Lolita, malucos, Big Mac, gente como a gente...

Hoje levantei da cama correndo oito e meia da manhã. A ação de levantar da cama não é igual a ação de acordar. Meu celular me despertou sete horas em ponto, mas meu organismo já está geneticamente programado para desligá-lo automaticamente após o bipe.
Quando dei por mim que hoje era o dia que eu tinha para me alistar no exército e que eu só tinha umas duas horas pra tomar banho, me vestir, tomar café, pegar o ônibus e chegar em Vila Isabel, entrei em um estado de pânico. Arrumei meu material da faculdade já cogitando a idéia de ter que ir direto para a PUC, pois sempre escutei estórias de terceiros que ficavam umas três horas aguardando a vez para se alistarem. Coloquei uns pingos d'água correndo no corpo, tomei um leite com Nescau.
Eu sabia que duas coisas estavam meio que faltando. Uma era minha mãe que já deveria ter chegado do trabalho aquela hora e me acordado cedo para sair, coisa que ela sempre faz e que eu sempre reclamo que ela faz, mas que quando ela não faz eu sinto uma falta do caralho, minha gente. Mais tarde constatei que minha mãe estava presa no trânsito e que por isso ainda não estava em casa. Mas ainda tinha uma outra coisa em falta na minha mochila e isso era um livro. Com a chegada da Páscoa e seu feriado prolongado lindo e maravilhoso, me obriguei a ler uma ficção. Há um mês e meio praticamente eu só lia livros de jornalismo, antropologia e cinema. Precisava dar uma repaginada nos meus conceitos e escolhi 'Lolita' de Vladimir Nabokov para retomar a minha fase comedora de livros literários.
Cheguei ofegante no local onde tinha que fazer meu alistamento e esse era na Visconde de Santa Isabel. Esperei umas duas pessoas que estavam na minha frente e pronto! Esse problema já estava resolvido, menos uma coisa para fazer nessa vida! Tive que levar minha certidão de nascimento, comprovante de residência e foto três por quatro. Essas fotos naturalmente já saem feias. Saiu no Joaquim Ferreira dos Santos essa semana que na Tijuca uma loja tem photoshop para retocar as imperfeições do imperfeito, mas como sempre eu nunca vou achar esses lugares que saem no jornal. Mas voltando à minha foto. Eu tirei essa maldita foto há uns dois anos, pelo menos. Você se envergonha de alguma coisa que você vestia, de alguma coisa que você gostava, de algum jeito que você deixava o cabelo naquela época? Pois então, eu também. E ainda por cima eu estava com os olhos inchados da última reação alérgica que eu tive e que ainda estava indo embora na hora do clique. Meus cabelos estavam tão repartidinhos, que eu parecia um sei lá o quê. Ok, são águas passadas mas é essa foto que tá no papel que a mulher me deu depois que o processo de alistamento acabou. É a vida.
Eu levei todos os documentos certos, não demorou muito para me atenderem nem demorou muito para eu ir embora. Ah, e me lembraram de que eu tinha que ir de calça cumprida, blusa de manga e cueca no dia 4 de setembro, seis e meia da manhã, em Triagem. Afinal, tem gente que vai de calcinha. Por pouco acreditei que pudessem me atacar ali no meio. O cara que me atendeu disse, logo após que eu ressaltei meu não interesse em servir: 'Poxa, tava querendo tanto um branquinho pra servir...'. Sem comentários.
Como eu saí umas nove e meia de lá e eu só pegava o 435 umas onze e quinze, resolvi ir para casa e almoçar. O busão não demorou nadinha. Logo que eu sento, senta ao meu lado um senhor. Não era um senhor qualquer. Era o maluco que fica em frente ao Enchendo Lingüíça no começo da Engenheiro Richard. Uma vez eu o vi 'tomando banho' bem no seu point. Ao invés de água, usava um jornal. Era bem de manhã, gente. Eu merecia isso? Mas voltando ao lotação. Ele sentou-se ao meu lado e repetiu cinco vezes bom dia para o trocador. Quando uma moça adentrou o coletivo, sem querer deixou uma moeda cair. Ele, gentilmente a pegou. Muita gente por aí não pegaria. Fica a idéia na cabeça.
Hoje eu não tive aula de Teoria da Comunicação I. Minha professora está com dengue. Conheço duas pessoas que estão com dengue. A irmã de uma amiga minha e essa minha professora. Hoje saiu no jornal que temos 45 casos de dengue a cada hora no Rio. O problema é que a aula dela era bem a do meio, droga. Mas o bom foi que o trabalho que ela tinha mandado a gente fazer pra hoje e que eu não tinha conseguido acabar de fazer, passou pra quarta que vem! A Maria Inês, a tal professora, me ligou ontem para dizer o quê que estava acontecendo. Calma, gente. Ela não ligou para todos os alunos e avisou do caso. Ela ligou apenas pra mim pois ela me elegeu o monitor da classe. Primeira vez na minha vida que uma professora me liga. Me senti chuchu beleza. =)
A primeira aula de hoje era de História do Pensamento e, como sempre, é meio complicado colocar tanta coisa abstrata na minha cachola. O dia em que eu conseguir dizer o que eu não estou entendendo na aula, já vai ser um grande progresso. Tá, a situação não é tão drástica assim =P
Nas duas horas que separaram uma aula de História do Pensamento e uma de Comunicação e Expressão, resolvi alguns problemas. Fui na Empresa Júnior da PUC para dizer que eu estava há uma semana tentando fazer minha inscrição para o processo de seleção que eles estão fazendo. E só estava acontecendo comigo, pois todos os outros colegas meus conseguiram. Coisas da vida. Eles me atenderam super bem e eu fui completamente receptivo e comunicativo. Ponto pra eu \ô\
Dei alguns dados ali, na lata, pra eles e fui-me embora ler meu livrinho num cantinho sossegadinho da univeridade. Antes mesmo de eu começar a ler, a mulher que havia me atendido na Empresa Júnior me ligou e me perguntou outros dados. Eu dei minha data de nascimento e meu CEP. Poxa, uma mulher perguntar essas coisas pra mim no mesmo dia em que eu a conheço é meio esquisito. Ela deve estar apaixonada por mim, só pode. Logo em seguida, uma outra mulher da ótica que fez meus óculos (claro, a ótica não poderia fazer minhas cuecas), me ligou e perguntou se eu estava sentindo-me confortável com o adereço. Nunca nenhuma mulher antes havia me ligado e perguntado se eu me sentia confortável com meus óculos. Me senti um tesão.
1) Pela primeira vez uma professora liga pra mim. 2) Pela primeira vez uma mulher de uma empresa liga pra mim e eu dou dados meus pq eu quero trabalhar na empresa, coisa inédita. 3) Pela primeira vez uma mulher da ótica me liga e me pergunta se eu estou confortável com os óculos! Guidão, Guidão... Um tesão de garotão.
Sendo que antes mesmo de eu ir na Empresa Júnior resolver meu pobrema, o reitor da Puta Universidade Cara entrou no mesmo elevador que eu! Cara, muito show! Da hora! Um padre no mesmo elevador que eu! Putz grila, não vacila!
A aula acaba e me dá a idéia de ir ao Shopping da Gávea assistir algum filme. Eu iria assistir um do Glauber Rocha na faculdade mesmo, mas quando descobri que não valia como atividade complementar, me emputeci e saí. Indo de pés para o shopping fui. Chegando lá, indo subir a última escada rolante para o cine, ela estava parada. Tudo bem, normal escada rolante parada. Começo a subir e do nada ela começa a andar. Cacete, quase que eu quebro a perna. O único filme que me interessou foi 'O banheiro do Papa' às sete e quarenta. A meia lá foi nove reais! Assalto total, nêguin! Bem, comprei o ingresso e tal e fiquei lá lendo o livro mór dos pedófilos. No meio eu vi que não valia muito a pena. Pagar nove reais por um filme que 'O Globo' disse que era legal e sair tarde de lá pra chegar mais tarde ainda em Grajaú City e pra meu bolso reclamar comigo, ninguém merece. Tudo bem que eu acabei pagando por um Big Mac especial carne e queijo no Leblon. Economizei dois reias, olha que coisa. E ainda conservei meu corpítio indo andando da Gávea pro Leblon. Praticamente uma maratona de São Silvestre.
Eu tava me esquecendo de dizer que enquanto eu descia os andares do shopping para ir embora, passei por Renata Sorrah na escada rolante, Marieta Severo comprando pipoca pra uma familiar e uma atriz que eu e meio mundo não sabe o nome e que tem uma sombrancelha mais tanajura que a da Malu Mader, mas que todo mundo só fala da tanajura da Malu, ninguém fala da tanajura dela, que é muito maior e de maior respeito.
That's all folks!
- Série de hoje: Greek, que eu deveria estar vendo no momento, mas que não é possível pois meu pai e meu tio estão vendo o jogo do Flamengo na Globo.
- Música de hoje: Won't go home without you, do Maroon Five.
Comecei a fazer meu curso de espanhol e tenho um curso de conversação gratuito e diário com a vovó das vovós, a minha vovó!!