sábado, 7 de março de 2009

Estupra, mas não mata


Quando a menina de nove anos de idade engravidou, no Nordeste, do pai de trinta e seis anos, pensei: "O mais sensato a ser feito é, obviamente, o aborto". Apesar de tudo, creio que a Igreja Católica Apostólica Romana não compartilha dos mesmos preceitos que eu.

O Estado já é separado da Igreja há tempos. Concordo que cada instituição tem o direito de manter suas próprias concepções. Mas mesmo assim, é um pouco complicado compreender a razão que levou a Igreja a excomungar as pessoas envolvidas na operação de retirada dos gêmeos, e não fez o mesmo com quem estuprou a nem pré-adolescente, coitada. Pois eu posso até não concordar com a excomunhão, mas seria muito mais correto da parte deles punir o pai da criança também. Desta forma, o arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, reitera que estuprar pode, matar não.

Isso nos faz lembrar a grande frase proferida por Paulo Maluf, lembrada na edição de hoje, 7 de março de 2009, por Merval Pereira, em sua coluna na página 4 do jornal "O Globo".

Quem concorda com as atitudes da Igreja nesta questão está se equivocande grandemente. Eu possuo um primo de segundo grau que é padre, iniciado no Brasil e formado no Peru, sendo agora tranferido para a Argentina. Tenho noção de que ele também não concordaria com tais atos. Sou batizado, fiz minha primeira comunhão, mas cansei de acreditar em certos dogmas eclesiásticos e passei a crer apenas nos conceitos mais amplos ministrados pela Igreja, qualquer igreja.

Faça o bem ao próximo. Isso já me basta para seguir feliz vivendo.

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