segunda-feira, 31 de março de 2008

Botafogo, Lapa, Brasília e Piauí

No sábado fomos à Pistache, bar-boate em Botafogo, na rua Marquês de Olinda. Já fui lá umas três outras vezes com os meus amigos de sempre. Local relativamente em conta para se dançar até tarde, não-proibido para menores de idade... ou seja, bom lugar para quem tem 17 se divertir e para quem tem 18 não achar que a presença dos dezesseteanos vai atrapalhar sua noite.
Só que isso já tem um tempo, hoje ele é outro.
Descobrimos no local que a entrada havia aumentado. Antes se pagava R$10,00 aleatoriamente ao que se comesse. Isso independente do gênero do ser humano. Hoje paga-se R$30,00 homem e R$20,00 mulher. Eles dizem que estão dando um 'bônus' para os frequentadores: nós temos o direito a consumir vinte reais sem ter que pagar nada a mais! Entenderam?! Você, homem, paga R$30,00 para entrar, sendo que desses, vinte são para sua alimentação. Olha que coisa linda? Realmente uma pessoa normal vai ficar sentada a noite toda se empanturrando até chegar na cota dos vinte para não sair no prejuízo.
Mas o pior de tudo nem foi isso, e me espantou tanto que merece até um parágrafo exclusivo ao fato. Ficou proibido para menor de idade. ¬¬''
O parágrafo vai ser sim, apenas de duas frases. Não tenho mais capacidade para escrever mais sobre o tema, partindo do princípio de que estou suficientemente indignado.
Mas foram eles que saíram perdendo. Afinal, meus pés nunca mais entrarão em um tão merda local.

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Mas como a noite estava apenas começando e uns outros amigos ainda não tinham chegado, fomos até a Rua Farani. Tal rua é conhecida como o ponto de encontro dos universitários da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e um dos restaurantes de lá, sendo qual eu não sei, equivalente ao Seu Pires da PUC (Pontificia Universidade Católica), ao Sujinho da UFRJ da Praia Vermelha (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e ao Mangue da UFRJ do Fundão.
Ficamos no bar da Foca ou coisa do tipo, o que claro, me remeteu a tão amada e idolatrada profissão. Nunca vi cardápio tão pequeno como o deles e que só tinha pizza para comer. Além de só ter pizza, ela só tinha dois tamanhos possíveis, pequena ou grande. A grande de mussarela saiu por dez reais. Uma garrafa de Skol por R$2,50.
Definitivamente gostei de lá.

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Uns amigos foram embora e outros queriam estender a noitada. Eu era um dos que desejavam aumentá-la. Partimos direto para a Lapa. Éramos cinco. Quatro homens e uma mulher. Sendo apenas dois homens maiores de idade e os outros dois e a moça, menores. Mas existe coisa melhor que ficar dançando na calçada, ao lado da boate, escutando a música e se divertindo de graça, mermão??!!
Demos uma passado, lá pelas 5 da manhã, na Pizzaria Guanabara. Uns amigos beberam uma coca, outro um cajuzinho. Resolvemos partir.
Nesse momento, claro.... começa a chover! O abrigo foram os Arcos da Lapa. Ficamos lá ao lado de uns outros, que cantavam 'Como uma deusa'. Meu ônibus e o de minha amiga, chegou. Nos despedimos e entramos. Lá encontro um veterano meu de Comunicação Social na PUC (Puta Universidade Cara, Paraíso Universitário Carioca). Lá estavam caras bêbados zoando com a cara de outros caras bêbados. Lá estavam pessoas que iam para o trabalho. Lá estavam pessoas que, como eu, estavam voltando da noite carioca.
Voltei para casa e dormi muito. E com a certeza de que para a Pistache em Botafogo eu vou dizer não, não, não.

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Revista Piauí, edição número 19 nas bancas dia 02 de Abril de 2008.

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Raciocinem comigo: Tereza Cruvinel, Helena Chagas e Franklin Martins eram da imprensa. Agora estão no governo. Nesse governo houveram alguns escândalos. Jornalistas, principalmente de Brasília, sabem das coisas antes de nós.
Digo isso, nada mais, posso aparecer amanhã com formiga na boca, enterrado nas areias de Ipanema.
Fica a idéia no ar, interpretem como quiser.

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