sábado, 21 de agosto de 2010

XI) Poemas solitários

Pas les beaux soirs d’été, j’irai dans les sentiers
Picoté par les blés, fouler l’herbe menue:
Rêveur, j’en sentirai la fraîcheur à mes pieds:
Je laisserai le vent baigner ma tête nue.


Je ne parlerai pas, je ne penserai rien...
Mais un amour immense entrera dans mon âme,
Et, j’irai loin, bien loin; comme un bohémien
Par la Nature, - heureux comme avec une femme!*


Sensation – Arthur Rimbaud

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A minha vida vazia olha o seu redor
E nota que as situações são complexas e convexas.
Vejo-me diante de mim mesmo e não enxergo ninguém,
A casa está vazia e nem tenho outrem.

ANTOS E ÊNSIAS

Vivia calado pelos cantos
Feliz pelo simples fato da existência

Passou a enxergar melhor a vivência
E começou a debulhar-se em prantos.

UM DIA APRENDO

Um dia aprendo a ser feliz
Um dia aprendo a me amar
Um dia aprendo a correr
Um dia aprendo a não chorar
Um dia aprendo o que é viver
Um dia aprendo a me calar
Para, no fim, poder morrer,
Em silêncio.

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* “- feliz como uma mulher!”

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