segunda-feira, 11 de abril de 2011

Xexéo nem um pouco xexelento


Muito do que eu sou hoje devo ao Artur Xexéo. Muito do que eu quero ser como jornalista devo ao Artur Xexéo.

Tudo começou quando na biblioteca do colégio eu tive acesso a suas crônicas. De antemão, eu fiquei impressionado por ele ser um dos poucos a escrever mais de uma vez n'O Globo, o único no Segundo Caderno. Mas o tempo foi passado, minha admiração por ele aumentado e, consequentemente, a sensação de que só eu o conhecia, e que só eu tinha o direito de conhecê-lo e de venerá-lo. (Eu era assim; ainda um pouco hoje. Sou meio egoísta e ciumento com meus ídolos: antes do Xexéo, desejava que só eu tivesse o privilegiado acesso aos livros de Agatha Christie)

Até que chegou o dia em que ele começou a ter mais visibilidade, principalmente saindo no página dois do jornal e também quando a Fernanda Montenegro editou um dia de Secundo Caderno. Aí, em 2009, se não estou bêbado de sono, passei a vê-lo ao vivo e a cores no "Estudio i", da Globo News, ancorado pela Maria Beltrão. Ó, pai.

Alguma coisa daquela imagem que eu tinha dele se quebrou, pois quando eu apenas o lia, ele era uma coisa. Depois que eu passei a vê-lo, suas crônicas, para mim, passaram a ser outra coisa. Não sei o que mudou, mas sei que não deve ter piorado. É mais ou menos a mesma sensação que eu tenho em relação ao PC Siqueira. Depois que ele começou a ficar mais famoso e, principalmente, seu programa na MTV começou, seus vídeos passaram a ser outra coisa para mim.

Portanto, foi Artur Xexéo quem me fez criar o hábito de ler jornal sempre (se ele escrevesse só no domingo será que eu teria criado esse hábito?); foi Artur Xexéo quem me fez passar a ser assinante de jornal impresso (primeiro recebimento em casa, um dos dias mais felizes da minha vida: 25 de agosto de 2005, sábado, então primeira vez que li Xexéo fidelizado foi em 26/08/2005); foi Artur Xexéo quem me fez estudar jornalismo na PUC; mas principalmente foi Artur Xexéo quem me fez ter força de vontade para entrar, um ano depois, em jornalismo na UFRJ.

Com isso, um beijo pro Xexéo.

Att,
Guido Arosa.

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