segunda-feira, 6 de junho de 2011

Os escritores e o ato de escrever


“Escrevo por não ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens. Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias. Mas preparado estou para sair discretamente pela saída da porta dos fundos. Experimentei quase tudo, inclusive a paixão e o seu desespero. E agora só quereria ter o que eu tivesse sido e não fui.” A hora da estrela – Clarice Lispector

"Sim, eu observava agora com o prazer mais aguçado como minha mente cintilava, como irradiava em todas as direções. Esse era o tipo de eferverscência e élan que eu rezava para conseguir quando sentia o desejo de escrever. Costumava sentar-me e esperar que acontecesse. Mas nunca acontecia - não dessa maneira. Acontecia depois, às vezes, quando eu tinha deixado a máquina e saído para passear. Sim, subitamente chegava, como um ataque, desordenado, de todas as direções, uma verdadeira inundação, uma avalanche." Sexus - Henry Miller
"Um dia, comecei a escrever, sem saber que me acometerá por toda a vida a um senhor nobre porém implacável. Quando Deus lhe dá um dom, ele também lhe dá um chicote; e o chicote se destina apenas à auto-flagelação... Estou aqui sozinho na escuridão de minha loucura, sozinho com meu baralho - e, é claro, o chicote que Deus me deu." A sangue frio - Truman Capote

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