terça-feira, 3 de novembro de 2009

Ai ai ai

Ainda não entendi da melhor maneira possível qual é o processo correto para se escrever um livro. Nem sei ainda se tenho paciência suficiente para escrever um. Apesar de tudo, já há quase dois anos, estou escrevendo um. Como não tenho muita disciplina, escrevi contos, que me fazem ter maior liberdade e tempo mais sucinto para dizer logo tudo o que eu quero. Realmente não teria como preencher pelo menos duzentas páginas com coisas que eu disse em, até o momento, no máximo seis páginas. Apesar de tudo, ao mesmo tempo em que tenho oportunidade de dizer mais coisas em mais contos e não ter que me disciplinar tanto, pelo brevidade contista, creio que não sou tão profundo e não tive a oportunidade de dizer número eficaz de coisas que poderiam vir a ser ditas em um livro.

Sendo assim, acho que com o tempo em que já pratiquei a escrita - mais especificamente desde dezembro de 2007 - já devo ter aprendido o suficiente. Além de tudo, as férias de verão já estão aí e posso me dedicar com mais afinco ao ofício. No entanto, posso até ter tempo para escrever, mas preciso, primordialmente, ter o que escrever. No meu livro de contos, "O complexo melancólico", ainda nem impresso, já escrevi uns dez. Alguns mais curtos que outros; um até poesia. Por enquanto, ainda falta finalizar dois, e devo querer escrever mais uns dois, ou três, mais por querer escrever mais páginas mesmo. Portanto, se eu realmente viesse a escrever um romance, com umas 300 páginas, atualmente provavelmente seria sobre a Espanha e a imigração, não tendo eu mais espaço para introspecções internas pscicológicas, pois elas já foram quase que todas esgotadas em "O complexo melancólico".

Ai ai ai, carrapato não tem pai. Ainda que, antes, eu pensasse que fosse Ai Ai Ai, carrapato não tem mais. Ou vice-versa.

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