Segundo George Araújo, existem ações interessantes em comunidades, “mas não possuem visibilidade”, pois o problema seria a falta de qualidade de conteúdo. “O pé não junta com o sapato”, completa. Para Luis Fernando Sarmento, sob forte sotaque mi-neiro, o objetivo do encontro é “fazer interação entre os próprios participantes”, produ-tores de comunicação, alterando um quadro onde “as mesmas notícias (são veiculadas), apenas de maneira diferente.”
Para ter-se noção de que comunicações comunitárias não são realizadas apenas por jornalistas, compareceram ao encontro, desde jornalistas, até diretor de teatro, enge-nheiro, fonoaudióloga e poeta. Outra curiosidade é o fato de que a UFRJ estava presente em grande peso, tendo estudante da ECO, pós-graduanda do LECC e Alberto, colombi-ano da Incubadora Tecnológica da universidade, gravando, juntamente ao poeta/cantor/ feirante/jornalista/publicitário Roberto Pontes, todo o evento.
Para ter-se noção de que comunicações comunitárias não são realizadas apenas por jornalistas, compareceram ao encontro, desde jornalistas, até diretor de teatro, enge-nheiro, fonoaudióloga e poeta. Outra curiosidade é o fato de que a UFRJ estava presente em grande peso, tendo estudante da ECO, pós-graduanda do LECC e Alberto, colombi-ano da Incubadora Tecnológica da universidade, gravando, juntamente ao poeta/cantor/ feirante/jornalista/publicitário Roberto Pontes, todo o evento.
Desses todos, houve um exemplo emblemático de profissional marginalizado pela “grande mídia”: Edson Mackeenzy. Ele é um dos responsáveis pela criação do que é anterior ao YouTube, o Videolog (http://videolog.uol.com.br/), ainda que o último seja bem menos acessado e reconhecido. Vindo de Sobral, no Ceará, não passa dos 30 anos de idade, mas já foi preso duas vezes por fazer parte de uma rádio comunitária, não legalizada por motivos burocráticos, fora que também é um dos idealizadores do “MeAdiciona” (http://www.meadiciona.com.br/), site que pretende unir todas as redes sociais de que você faz parte. Apesar da relevância de tais projetos, não havia conhecimento por parte de ninguém deles, pois são eclipsados pelo que é estrangeiro e mais rentável. Portador de transtorno obsessivo compulsivo, ele se define como um “profissional multi-mídia”.
Portanto, a comunicação comunitária não é exclusivamente a feita pela jornalista Fabiana Oliveira em seu estágio no “Portal Viva Favela”, mas também a que pretende agregar toda e qualquer comunidade, seja ela virtual, real, de classe média ou baixa. As duas “empreitadas comunicativas” somadas resultam em um alcance maior de tudo o que é produzido por todos, em sociedade democrática. Junto disso, há iniciativas como a da mãe que levou seu bebê ao SESC, hoje participante de um grupo de mães na inter-net, mas antes trabalhando no CDI (Comitê de Democratização da Informática) e de Re-nata e Juliana, da Incubadora Afro-brasileira (http://www.ia.org.br/), que faz conexões de tra-balho entre o continente africano e o Brasil.
Tendo se finalizado o II Encontro de Comunicação Comunitária Interativa, percebe-se a grande questão da comunicação, resumida em frase de um dos participantes, que não identificou-se: “Não sei se me ouvem, mas não sei se ouço.” Já quanto à comu-nicação de viés alternativo comunitário, seu problema é o mesmo problema do Encontro de Comunicação: falta de organização. Mas nada que não se queira muito melhorar e ser resolvido por seus participantes.
Em 13/07 haverá um III Encontro, onde serão discutidas pautas deixadas em a-berto no II Encontro, como os videologs, por exemplo. Espera-se que o próximo encon-tro seja tão e mais produtivo que o anterior e que o planejamento e a organização permi-tam que a comunicação comunitária se desenvolva.
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