2) Em que medida a análise das parapraxias e dos sonhos revela o conceito freudiano de inconsciente?
As parapraxias, atos falhos, para Freud “Não são eventos casuais, porém atos mentais sérios; têm um sentido; surgem da ação concorrente – ou, talvez, da ação de mútua opo-sição – de duas intenções diferentes.” (FREUD; Imago, 1988, p.61) Ou seja, não trata-se apenas de um erro vazio, mas revelador de alguma coisa. Com os sonhos ocorre pro-cesso semelhante, sendo ele uma ponte interpretativa para encontrarem-se desejos, verdades, escondidas por uma camada expessa de consciente. O inconsciente, então, para o pai da psicanálise e seus seguidores, é o que poder ser chamado de “verdadeiro eu”, escondido muitas vezes por convenções sociais, traumas e repressões generalizadas. Tomando-se frase de Jacques Lacan, então, há de se pensar onde não se é, pois se é onde não se pensa pensar. Isso segue a afirmação de que todos “saberiam” de seu “inconsciente”, apenas não saberiam disso (questão 4). Então, em que medida as análises, interpretações dos sonhos e das parapraxias (de língua e outras) são capazes de revelar o interior, o âmago do ser humano? Percebendo-se que os lapsos, os atos falhos e, obvia-mente, os sonhos, ocorrem em pessoas consideradas sãs (p.62) que realmente importam, mas sim as intenções, circunstâncias, contexto, que levaram a eles e a interpretação de seus elementos relevantes. Portanto, utilizando-se de exemplos fartos, de ponderação racional e de sempre por em dúvida uma afirmativa sua, a confirmando logicamente em seguida, que Freud mostra que percorrendo-se corretamente os caminhos verdadeiros (e não os falsa ou enganosamente verdadeiros), que pode-se ter nas parapraxias e sonhos uma ajuda no encontro do inconsciente. De certa maneira, concluindo, é curioso ver-se que o processo de “convencimento” de suas “senhoras e senhores” é muito coerente ao de Descartes e Sócrates, em seu “só sei que nada sei” e no duvidar constante. No entan-to, Freud refuta a filosofia: “Da filosofia nada podemos esperar, exceto que uma vez mais nos salientará orgulhosamente a inferioridade intelectual de nosso estudo.” (FREUD; Imago, 1988, p.121) Porém, vê-se, em artigo “A filosofia de Freud e o Freud da filosofia – Apesar de sua resistência à filosofia, o pai da psicanálise revela muitos elementos filosóficos”, de Richard Theisen Simanke (Revista Cult, junho/2010), que ela o auxiliou deveras e que ele a ela igualmente, levando a um melhor entendimento do inconsciente, na soma das parapraxias e dos sonhos, munidos por uma filosofia de Freud.
As parapraxias, atos falhos, para Freud “Não são eventos casuais, porém atos mentais sérios; têm um sentido; surgem da ação concorrente – ou, talvez, da ação de mútua opo-sição – de duas intenções diferentes.” (FREUD; Imago, 1988, p.61) Ou seja, não trata-se apenas de um erro vazio, mas revelador de alguma coisa. Com os sonhos ocorre pro-cesso semelhante, sendo ele uma ponte interpretativa para encontrarem-se desejos, verdades, escondidas por uma camada expessa de consciente. O inconsciente, então, para o pai da psicanálise e seus seguidores, é o que poder ser chamado de “verdadeiro eu”, escondido muitas vezes por convenções sociais, traumas e repressões generalizadas. Tomando-se frase de Jacques Lacan, então, há de se pensar onde não se é, pois se é onde não se pensa pensar. Isso segue a afirmação de que todos “saberiam” de seu “inconsciente”, apenas não saberiam disso (questão 4). Então, em que medida as análises, interpretações dos sonhos e das parapraxias (de língua e outras) são capazes de revelar o interior, o âmago do ser humano? Percebendo-se que os lapsos, os atos falhos e, obvia-mente, os sonhos, ocorrem em pessoas consideradas sãs (p.62) que realmente importam, mas sim as intenções, circunstâncias, contexto, que levaram a eles e a interpretação de seus elementos relevantes. Portanto, utilizando-se de exemplos fartos, de ponderação racional e de sempre por em dúvida uma afirmativa sua, a confirmando logicamente em seguida, que Freud mostra que percorrendo-se corretamente os caminhos verdadeiros (e não os falsa ou enganosamente verdadeiros), que pode-se ter nas parapraxias e sonhos uma ajuda no encontro do inconsciente. De certa maneira, concluindo, é curioso ver-se que o processo de “convencimento” de suas “senhoras e senhores” é muito coerente ao de Descartes e Sócrates, em seu “só sei que nada sei” e no duvidar constante. No entan-to, Freud refuta a filosofia: “Da filosofia nada podemos esperar, exceto que uma vez mais nos salientará orgulhosamente a inferioridade intelectual de nosso estudo.” (FREUD; Imago, 1988, p.121) Porém, vê-se, em artigo “A filosofia de Freud e o Freud da filosofia – Apesar de sua resistência à filosofia, o pai da psicanálise revela muitos elementos filosóficos”, de Richard Theisen Simanke (Revista Cult, junho/2010), que ela o auxiliou deveras e que ele a ela igualmente, levando a um melhor entendimento do inconsciente, na soma das parapraxias e dos sonhos, munidos por uma filosofia de Freud.
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