quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Papai
Sonhei hoje que conhecia um menino de, no máximo, 5 anos de idade, ao lado do ponto de ônibus da Mem de Sá. Ele, sem pai e sem mãe (o tio materno não o queria) era extremamente inteligente e eu fui à Globo falar com a Fátima Bernardes para tentar encontrar algum registro de sua mãe na emissora. Ao entrar na televisão, vejo minha avó conversando com a ex-apresentadora e a aviso que terei que sair com ela para procurar o nome da mãe desaparecida. Enquanto isso, me orgulhava de passar por jovens (aparentemente figurantes de telenovela) junto de Fátima, demonstrando intimidade com ela. A mãe não foi encontrada e eu me acostumo à ideia de que adotarei o menino e penso em dar a notícia aos meus pais. No entanto, tenho um embate ético: quero adotar o jovem por que o amo ou por que desejo possuir o estatuto da paternidade como ato de bondade, abnegação e bem visto aos olhos de Deus, para não ficar velho e morrer sozinho? Em uma lojinha de artigos de madeira, choro tentando buscar mais informações sobre o menino (sem nome) com o dono.
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