Existem coisas que, na vida, realmente não se pode, e não se deve, fugir. Como exemplo, o sentimento de amor por um ser próximo, ou, até, por si mesmo. Tal atitude demonstra contemplação e devoção, além de humildade perante sentimentos e composturas terceiras. Claro, a primeira, compaixão por alheios, é deveras mais expressivamente isso o que acabei de dizer do que a seguinte, extremamente mais egocêntrica.
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Um dos mais emocionantes momentos que se pode passar enquanto se está vivo é o momento romântico em que nem se está seriamente com uma pessoa, mas que também não se está descompromissadamente com ela. Os artifícios de encontro, amor e conquista devem ser mais trabalhados e a corda bamba é muito mais bamba, porque a situação é instável. A instabilidade, portanto, é instigante, mas também opressora e sufocadora.
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Pedro Almodóvar, como se vê na imagem, é um dos diretores espanhóis de maior expressividade mundial, tanto no fim da segunda metade do século XX, quanto no começo da primeira metade do século XXI. Penélope Cruz, por sua vez, é a atual musa do diretor, conseguindo transmitir, já em mais de um filme, toda a dramaticidade possível de um sangue latino.
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