As hordas intermináveis de ignorantes e marginais não são uma coisa qualquer,
Os bárbaros da África e da Ásia não são uma coisa qualquer,
As pessoas comuns da Europa não são uma coisa qualquer….os aborígenes americanos não são uma coisa qualquer,
Um cafuzo ou Crowfoot ou Comanche não são uma coisa qualquer, o assassino ou a pessoa imoral não são uma coisa qualquer,
A perpétua sucessão de gente superficial não é uma coisa qualquer,
A prostituta não é uma coisa qualquer….o zombador da religião não é uma coisa qualquer,
o maior poema americano sobre o maior sonho americano, dirigido aqui
por um grande americano, gus van sant, de autoria e narrado por um dos
grandes poetas americanos, william s. burroughs: ainda bem que os
americanos não são os estados unidos (américa?) -
Oração ao Dia de Ação de Graças Para John Dillinger, na esperança de que ele ainda esteja vivo. Dia de Ação de Graças, 28 de novembro de 1986.
Obrigado pelo peru e pelos Pombos Correios, destinados a serem cagados por saudáveis tripas americanas Obrigado por um continente para se pilhar e se envenenar Obrigado aos índios, por nos abastecerem com uma quantia módica de perigo e desafio Obrigado pelas vastas manadas de bisões para se matar e se escalpelar, deixando as carcaças apodrecerem Obrigado pela recompensas por lobos e coiotes Obrigado pelo Sonho Americano, por tudo vulgarizar e falsificar até que as mentiras nuas resplandeçam
Obrigado à Ku Klux Klan, por tiras assassinos de negros acariciando as
marcas na coronha...por mulheres decentes e carolas, com suas faces
amarradas, amargas e más Obrigado por adesivos tipo “Mate um viado em nome de Cristo” Obrigado pela AIDS criada em laboratório Obrigado pela Lei Seca, e pela Guerra Contra as Drogas Obrigado por um país que não deixa ninguém tomar conta de seus próprios assuntos Obrigado por uma nação de dedos-duros, é....
Obrigado por todas as lindas lembranças, “tudo bem, maluco, pode ir
mostrando os bracinhos! “... você sempre foi uma dor-de-cabeça e um pé
no saco Obrigado Pela maior e última traição Do maior e último dos sonhos humanos